A Direção da Casa de Acolhimento dos Salesianos de Mirandela emitiu um comunicado em que esclarece as circunstâncias em que decidiu encaminhar 17 dos 19 utentes da Casa de Acolhimento para junto dos adultos de referência durante o período de férias escolares da Páscoa.
O comunicado surge na sequência da notícia publicada no Correio da Manhã de hoje, 1 de abril de 2020.
Segundo a Direção da Casa, a decisão foi tomada em articulação com a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) e com o Centro distrital de Segurança Social.
A Direção explica que em relação às 17 crianças em causa “foi considerada a antecipação das férias da Páscoa, não havendo nenhum impedimento ao nível do processo de promoção e proteção da ida para junto das respetivas famílias aos fins de semana e férias letivas, inclusive período de verão, onde passam três meses com a família”. Dois utentes da Casa de Acolhimento permanecem na instituição. “Os rapazes que estão connosco em acolhimento e que tínhamos a indicação ou a referência a algum impedimento ao nível do processo de promoção e proteção da ida para junta das respetivas famílias, ficaram nos Salesianos de Mirandela”, esclarece o comunicado.
O comunicado clarifica ainda que “nenhuma das crianças/jovens acolhidos nos Salesianos de Mirandela são vítimas de agressão. Estão acolhidos, na sua maioria, devido à problemática do absentismo escolar e dificuldade na gestão emocional e económica”.
A Direção esclarece também que os Salesianos de Mirandela acolhem 19 crianças e jovens em situação de vulnerabilidade.
Por fim, o comunicado adianta: “As crianças ficarão em casa até ao término das férias escolares”, após o qual seguirão “as indicações do Centro Distrital de Segurança Social, da CPCJ e tribunais, entidades responsáveis pelas medidas de proteção e promoção” dos utentes.
O comunicado esclarece ainda que as medidas tomadas têm apoio no Plano de Exceção Casas de Acolhimento, emanado pelo Centro Distrital da Segurança Social com data de 21 de março de 2020, no que refere o ponto 3 sobre reintegração temporária na família para as situações em que “a criança ou jovem já passa períodos de férias em casa/fins de semana, com a avaliação positiva par parte da equipa da casa/gestor de processo, em conformidade com o plano de contactos aprovado”.
“O acompanhamento à distância está a ser feito pela equipa técnica e educativa em concertação com o gestor de processo”, esclarece a Direção da Casa de Acolhimento.
Notícia atualizada às 16h19 para incluir os dois últimos parágrafos.