«No nosso passeio comunitário deste trimestre, fomos até Coimbra. Mas começámos pelos arredores. Era nosso desejo antigo conhecer por dentro a Obra do padre Serra, de que tanto ouvimos falar, e a oportunidade chegou mesmo. E se a curiosidade era grande, maior foi a surpresa muitíssimo agradável perante tudo o que vimos. E foi muito. E muito belo.
Começámos por uma das Casas – O Lar Girassol (em Alcarraques) – e ali fomos acolhidos pelos seus trinta alunos e alunas e duas funcionárias que nos receberam como se de velhos amigos e benfeitores se tratasse: um acolhimento mesmo amigo, caloroso, próximo.
Depois de nós, chegou o padre Serra e agora o ambiente foi ainda mais caloroso, mais vibrante, mais efusivo, com lágrimas à mistura. A todos impressionou ver os alunos e alunas mais crescidos com lágrimas persistentes nos solhos. O meu pensamento naquele momento fugiu para Valdocco. Sim, eu – também comovido por toda a ternura que via e sentia – imaginei que em Valdocco seria assim que os garotos da rua tratavam o seu Pai e Mestre Dom Bosco: com lágrimas, abraços, beijos, querer estar próximo, para tocar, falar, sorrir, para o ver mais de perto. E o padre Serra – não tivesse ele crescido na Escola de D. Bosco: em Poiares, Mogofores, Funchal, Izeda, etc… – sabe bem como se educa e vive à boa maneira salesiana.
A Obra do padre Serra é composta por três casas (mais uma acabada de adquirir e que está em restauração – uma quinta que tem o Palácio onde o Rei D. Carlos se hospedava quando ia à caça a Coimbra): o Lar Girassol, a Sede, e uma outra (a maior) na Figueira da Foz.
Visitámos depois a Sede (em S. Martinho do Bispo), onde residem 32 alunos – dos 9 aos 20 anos, como em todas – e residência habitual do padre Serra.
Que maravilha de casas, no seu conjunto e equipamentos, que limpeza, que alegria, que vida em família! Que grande, bela e benfazeja a Obra do padre Serra!
Na velha, austera e sábia cidade de Coimbra, pudemos visitar o sempre belíssimo, antiquíssimo e riquíssimo Convento de Santa Clara – onde rezámos o terço – e o Convento das Carmelitas, onde celebrámos a Eucaristia presidida pelo nosso querido padre Diretor.
Como são grandes e belas, Senhor, as vossas obras!
Pe. Amadeu Nogueira»