Como habitualmente após uma Viagem Apostólica, ontem, dia 3 de dezembro, o Santo Padre dedicou a Audiência Geral a partilhar com todos os Fiéis as experiências feitas e as impressões tidas na sua última viagem à Turquia. Relembrando os principais momentos, o Papa Francisco recordou comovido os pequenos refugiados, com quem se encontrou em Istambul, e os Salesianos que deles cuidam.
Refere o Papa que “o último encontro – este foi belo, mas também doloroso – foi o ocorreu com um grupo de meninos e adolescentes refugiados, aos cuidados dos Salesianos. Era muito importante para mim encontrar-me com alguns refugiados das zonas de guerra do Médio Oriente, não só para exprimir-lhes a minha proximidade e da Igreja, mas também para sublinhar o valor do acolhimento, no qual também a Turquia muito se empenhou. Agradeço mais uma vez à Turquia por esse acolhimento a tantos refugiados e agradeço de coração aos Salesianos de Istambul. Esses Salesianos trabalham com os refugiados. São fantásticos! Encontrei-me também com outros religiosos e um jesuíta alemães, e com outros que trabalham com os refugiados. Mas esse oratório salesiano dos refugiados é uma coisa linda, um trabalho escondido. Agradeço muito a todas essas pessoas que trabalham com os refugiados. E rezemos por todos os que devem fugir e refugiar-se, e para que sejam eliminadas as causas desta dolorosa chaga”.
A visita do Papa à obra salesiana de Istambul trouxe à luz uma realidade pouco conhecida, que o Pontífice define como “um trabalho escondido”, embora muito importante e expressão evidente da maternidade universal da Igreja.
A propósito deste trabalho, o Pe. Andrés Callejas, diretor do Centro salesiano em Istambul, referiu numa entrevista à televisão da Conferência Episcopal Italiana que, depois de 20 anos, os refugiados passados por aqueles pátios e agora com a sua vida refeita nos países ocidentais, retornam a Istambul para agradecer aos seus benfeitores; e como a caridade sincera, experimentada na obra, já fez também nascer diversas vocações.