O diretor do Colégio dos Salesianos do Porto, padre José Cordeiro, disse à Agência Ecclesia que os alunos voltaram “cheios de saudades”, defendeu que é necessário fomentar “alguma normalidade” e cumprir “as medidas de precaução necessárias”.
“Vamos tentar ter alguma normalidade porque foram tempos perturbadores para os jovens e vamos tomar as precauções necessárias; os alunos estavam cheios de saudades uns dos outros, querem abraçar-se, sentem muita falta de estar próximos”, conta o sacerdote salesiano.
O início do ano letivo nos Salesianos do Porto “começou bem”, e os alunos aceitaram bem as novas regras.
“A escola preparou-se, o refeitório e o bar estão cheios de acrílicos, separámos os ciclos para criação das tais bolhas, procurámos dividir a escola para que não se encontrem e há desfasamento de horários”, precisa.
Apesar das novas regras o padre José Cordeiro aponta que é necessário procurar “um bem-estar integral dos alunos” e decidiram não limitar o tempo de recreio nem o tempo “dito normal de estar na escola”.
A escola, do jardim de infância ao 12.º ano, procura dar “passos importantes para que os jovens não cresçam com medos”.
“Os jovens não podem crescer com estes medos, quase a ter medo uns dos outros ou de quem possa estar contaminado”, refere.
O sacerdote recorda que o fundador dos salesianos, São João Bosco, que também “viveu uma pandemia, teve de enfrentar e estar na linha da frente” e por isso defende que “é preciso aprender a conviver e deixar-se contagiar pela esperança”. “Temos de confiar e ter otimismo quanto aos jovens, são eles que vão tocar as redes do futuro e temos de esperar que eles sejam homens de esperança, porque já sabemos que um dos piores vírus é o egoísmo”, remata.
Fonte: NS/Agência Ecclesia