O diácono permanente Nuno Francisco e a sua esposa Cristina são os responsáveis pela liderança paroquial de Odiáxere. Esta decisão conta com o apoio dos sacerdotes da Companhia de Jesus a quem foi confiada a comunidade algarvia, bem como da Diocese do Algarve.
“O que eu andava a fazer era quase como se fosse um acólito mais velho. Isto veio pôr no concreto e possibilitar o enriquecimento da nossa vocação diaconal e esperamos que também o enriquecimento desta comunidade”, afirmou Nuno Francisco, ao jornal diocesano Folha de Domingo. Para o professor do primeiro ciclo, esta decisão apenas fazia sentido se fosse vivida em casal: “Fomos conversando algumas vezes com o senhor bispo sobre isso, dizendo-lhe que, se houvesse falta, estaríamos disponíveis”, sublinhou o diácono permanente que foi ordenado a 16 de junho de 2019.
Já para Cristina, enfermeira da Equipa Comunitária de Suporte em Cuidados Paliativos do ACES (Agrupamento de Centros de Saúde) Barlavento o “não” nunca foi uma opção a este chamamento: “Não fazia sentido dizermos «não». Claro que ficamos sempre espantados e com os medos, mas ao mesmo tempo temos a convicção interior de que ao dizer «não» estaríamos a anular a graça recebida aquando do Sacramento. Se recebemos um sacramento em ordem ao serviço como é que depois, chamados para servir a Igreja, dizíamos que não?”, conclui. Sustentando a decisão tomada para a Paróquia de Odiáxere, o bispo do Algarve defendeu a necessidade de os cristãos manifestarem abertura a “estas formas de serviço na Igreja”.