Bruno Sepodes, antigo aluno salesiano do Estoril, integra o Comité de Medicamentos para Uso Humano da Agência Europeia do Medicamento (EMA) que está a aprovar a comercialização das vacinas contra o novo coronavírus.
Numa entrevista recente ao Jornal de Notícias, o vice-presidente do comité falou sobre os processos de avaliação e aprovação, sublinhando que não se “saltaram etapas nem se facilitaram os procedimentos, reduzindo as exigências”. Em vez disso, “ativaram-se medidas específicas que faziam já parte do plano de resposta da EMA às ameaças graves à saúde pública”.
Quando questionado sobre a eficácia das novas vacinas, tendo em conta o tempo que demoraram a ser desenvolvidas, Bruno Sepodes assegurou que quando os resultados preliminares são “suficientemente robustos” para se tomar uma decisão, seria até, e na sua opinião” “antiético” privar os cidadãos de uma determinada alternativa terapêutica ou profilática essencial havendo já “evidências de eficácia e segurança”.
Para o vice-presidente, as reações adversas já reportadas relativamente às vacinas já administradas não fogem “ao padrão esperado para uma vacina deste tipo”.
Bruno Sepodes é docente do Departamento de Ciências Farmacológicas da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa. Em 2018 foi eleito vice-presidente do Comité de Medicamentos para Uso Humano da Agência Europeia do Medicamento.