Alberto Marvelli nasceu em Ferrara, Itália, a 21 de março de 1918 e cresceu numa família cristã, onde a atividade caritativa, social e catequética sempre fez parte do quotidiano. Alberto foi o segundo de seis irmãos.
A família Marvelli mudou-se para Rimini, em 1930, e Alberto pode frequentar o oratório Salesiano, onde amadureceu a sua fé. Tomou como modelos Domingos Sávio e Jorge Frassati. Rezava com devoção, dava catequese com convicção, manifestava zelo, caridade e serenidade. Contudo, tinha um temperamento forte, firme, decidido e generoso. Aos 17 anos escreveu no seu diário um projeto de vida que foi renovando gradualmente. Assim, cedo decidiu que também queria ser “santo”.
Entrou no grupo oratoriano da Ação Católica, tendo sido eleito, passado pouco tempo, como presidente. Alberto fez a sua formação espiritual na FUCI (Federação de Utentes e Consumidores Italianos). Estudante de engenharia em Bolonha, participa, ativamente, na Federação Universitários Católicos Italianos, mantendo-se fiel, com sacrifício, à Eucaristia diária. Depois de se ter formado em engenharia mecânica começou a trabalhar na Fiat de Turim. Presta serviço militar em Trieste, e consegue arrastar para a Eucaristia muitos dos seus companheiros.
Durante a Segunda Guerra Mundial torna-se apóstolo entre os refugiados e uma verdadeira providência para os pobres. Com a proclamação do armistício com os Aliados, e a consequente ocupação alemã do território italiano, Marvelli regressa a casa e torna-se operário da caridade. Após cada bombardeamento é o primeiro a ir em socorro dos feridos e a dar coragem aos sobreviventes. Com a guerra chegou também a fome, assim, Alberto distribuía também, pelos pobres, tudo o que conseguia recolher: colchões, cobertores, panelas, entre outros objetos. Aos agricultores e comerciantes comprava todo o género de alimentos, que depois tratava de distribuir pelos mais necessitados.
No período da ocupação alemã salvou muitos jovens da deportação e libertou muitos homens e mulheres que estavam condenados a terminarem nos campos de concentração.
Quando a sua cidade foi libertada, a 23 de setembro de 1945, foi criado o Comité de Libertação do qual Marvelli fez parte. Ficou com a tarefa mais difícil: a comissão de alojamentos, que tinha como competência disciplinar a atribuição dos alojamentos na cidade, acalmar disputas, requisitar apartamentos. Mais tarde confiaram-lhe, também, a tarefa de reconstrução, como colaborador da secção desmembrada de Engenharia Civil.
No dia 5 de outubro de 1946, com apenas 28 anos, Alberto saiu de bicicleta para participar num comício, um camião militar foi contra ele fazendo com que este morresse poucas horas depois.
Alberto Marvelli foi, como desejava D. Bosco: um bom cristão e um honesto cidadão, empenhado na igreja e na sociedade.