O Papa Francisco disse aos jovens, com a coragem e a determinação de um profeta, que eles não são o futuro da sociedade e da Igreja; eles são o ‘presente’. E acrescentou: “Vós jovens sois o ‘agora’ de Deus”.
Esta mensagem do Papa Francisco, plena de confiança na capacidade de os jovens participarem na construção da história, permite-nos antever resultados de grande alcance cívico e religioso na família, escola, universidade, paróquia, missões, voluntariado, movimentos cívicos, políticos, religiosos, etc.
Diante do protagonismo juvenil, que se prevê efetivo e contagiante, como devem reagir os educadores que ainda guardam, no conforto dos seus gabinetes, os projetos pedagógicos que julgam imutáveis e eternos?
A única resposta, condizente com o pedido do Papa, é acertar o passo com esta energia nova vinda do idealismo dos jovens e sonhar com eles novos caminhos para a sociedade e para a Igreja. Projetos paralelos – os dos educadores e os dos jovens – que não se entrecruzam e convergem estão condenados ao fracasso.
É, pois, essencial e urgente uma reflexão de tipo sinodal – jovens e adultos, juntos – sobre o papel dos jovens nas áreas sociais, políticas e religiosas, para que estes participem com a sua convicção e criatividade, o seu entusiasmo e generosidade, a sua sensibilidade e abertura aos sinais dos tempos, na construção de sociedade mais humana, mais fraterna e, sobretudo, mais cristã, mais santa e mais feliz.