De 19 de março a 26 de junho de 2022, o Papa Francisco propõe a celebração do Ano “Família Amoris Laetitia”. No quinto aniversário da Exortação Apostólica “Amoris Laetitia”, este ano especial pretende dar destaque à beleza e à alegria do amor familiar.
O Ano “Família Amoris Laetitia” é uma iniciativa do Papa Francisco, que pretende chegar a todas as famílias do mundo, por meio de várias propostas de caráter espiritual, pastoral e cultural.
A experiência da pandemia pôs em evidência o papel central da família como Igreja doméstica e a importância dos laços comunitários entre as famílias, que fazem da Igreja uma autêntica “família de famílias” (AL 87). Tal como referiu o Papa Francisco, na abertura deste ano especial, “Não basta reiterar o valor e a importância da doutrina, se não nos tornarmos guardiões da beleza da família e cuidar compassivamente de sua fragilidade e de suas feridas”. O Santo Padre destaca, assim, a franqueza do anúncio evangélico e a ternura do acompanhamento, dois aspetos fundamentais de toda pastoral familiar.
Passados cinco anos desde a publicação da Exortação Apostólica “Amoris Laetitia”, o Papa afirma que traçou o início de um caminho que procura incentivar com uma nova abordagem pastoral para a realidade da família. A principal intenção do documento é “comunicar que hoje é necessário um novo olhar sobre a família por parte da Igreja.”, conclui.
Tornar as famílias protagonistas
Em termos de objetivos, este ano especial pretende difundir o conteúdo da exortação apostólica “Amoris Laetitia”, para que todos possam experimentar “que o Evangelho da família é alegria que enche o coração e a vida inteira” (AL 200). Por outro lado, o Papa Francisco pretende também anunciar que “o sacramento do matrimónio é uma dádiva e tem em si um poder transformador do amor humano”. Para isso, é necessário que “os pastores e as famílias caminhem juntos na corresponsabilidade e complementaridade pastoral, entre as diferentes vocações na Igreja” (cf. AL 203).
As famílias devem também, na visão do Santo Padre, tornarem-se “protagonistas da pastoral familiar. Assim, é necessário “um esforço evangelizador e catequético dirigido à família” (AL 200), pois uma família discípula torna-se também família missionária.
Mas nada disto faz sentido se os jovens não tiverem consciência da importância da “verdade do amor e ao dom de si”, conclui Francisco.
Em suma, é necessário “alargar o olhar e a ação da pastoral familiar para que se torne transversal, de modo a incluir os cônjuges, os filhos, os jovens, os idosos e as situações de fragilidade familiar”, conclui o Papa Francisco.
Fotografia: Serviço Fotográfico Vaticano