Onda migratória: ajudar os que sofrem

No passado dia 5 de março, colaboradores da Missão Dom Bosco deslocaram-se à República Checa onde tiveram contacto com a onda migratória proveniente da Ucrânia.

O drama das inúmeras famílias que abandonaram os seus lares, está patente nos olhares tristes, ansiosos, preocupados e com um enorme sentimento de perda.

Este drama é reforçado por uma visão que se repete vezes sem conta:

As famílias são constituídas por mães, crianças pequenas, filhas jovens e em alguns casos avós. Não se encontram homens nem rapazes acima dos dezoito anos. As famílias estão quase sempre “incompletas”.

É impossível ficar indiferente ao desespero aparente daquelas famílias, as “mães coragem”, muitas vezes sem falar outra língua que não o ucraniano, tentam levar o que resta da sua família para um local seguro.

Num contacto mais pessoal, os colaboradores da Missão Dom Bosco conheceram Yana Taranenko.

Numa conversa informal, ao apresentar o projeto da Missão Dom Bosco e a campanha em curso de apoio à Ucrânia, Yana confidenciou, visivelmente emocionada, que era ucraniana e que a sua família ainda estaria a tentar sair da Ucrânia.

Entre agradecimentos e pedidos de divulgação do drama de quem é obrigado a abandonar o seu país, Yana contou-nos a sua história que aqui partilhamos.

Yana Taranenko, tem vinte e um anos e em 2018 rumou a Praga para estudar. Entre estudo e trabalho, com uma pandemia pelo meio, a vida decorria numa normalidade própria dos seus 21 anos.

Nada fazia esperar os terríveis acontecimento que teriam lugar na sua Ucrânia.

Enquanto falávamos, contou que o pai, a mãe e os irmãos mais novos se encontravam junto da fronteira a aguardar autorização de entrada na Polónia. Perfeitamente consciente que o seu pai, com quarenta e oito anos de idade, teria de entregar a família e voltar para ajudar a Ucrânia no conflito em curso.

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No dia 9 de março recebemos a noticia que a mãe, os dois irmãos de 17 e 9 anos, já se encontram reunidos com Yana em Praga. Uma noticia boa com sabor agridoce, pois a família continua “incompleta”.

A Yana é apenas mais uma das já milhões de pessoas afetadas pela trágica situação da Ucrânia.

A humanidade de cada um de nós é a única coisa que pode ajudar os que sofrem.

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