Humilde e bondoso, Estêvão Ferrando começou a frequentar as escolas salesianas desde muito cedo, tendo entrado em contacto com os salesianos da primeira geração. Fascinado pela vida de Dom Bosco quis ser missionário.
Estêvão Ferrando nasceu a 28 de setembro de 1895, em Rossiglione, na província de Génova. Filho de Agostinho e Josefina Salva começou a frequentar as escolas dos salesianos desde muito novo.
Pediu para ser salesiano e, a 16 de setembro de 1912, fez a profissão religiosa em Foglizzo Canavese (Turim). Foi professor na casa salesiana de Borgo San Marino (Alessandria). Quando questionado sobre a que forma de apostolado desejaria dedicar-se respondeu, prontamente: missionário.
Durante a Primeira Guerra Mundial prestou serviço militar nos serviços de saúde, onde, graças à sua dedicação, alcançou uma medalha de prata. Força de caráter, singular determinação em levar a cabo as iniciativas empreendidas e um bom temperamento, distinguiram sempre a sua ação.
Em 1923, depois de concluir os seus estudos teológicos, foi ordenado sacerdote, tendo seguido depois em missão para a região indiana de Assam. Foi durante dez anos mestre de noviços e diretor do estudantado filosófico-teológico.
Em 1934 foi nomeado, pelo Papa Pio XI, Bispo da diocese de Krishnagar e passado um ano regressou a Shillong, como bispo, onde permaneceu durante 34 anos. Trabalhou com zelo na vasta diocese que compreendia a inteira região da Índia Nordeste. Como apóstolo de Cristo visitava, a pé, as zonas missionárias e as aldeias.
O seu apostolado caracteriza-se pelo estilo salesiano: alegria, simplicidade e contacto direto com as pessoas, em especial com os mais necessitados. A sua forma de estar levou a que muitos se convertessem e pedissem o Batismo.
Durante a Segunda Guerra Mundial, os missionários provenientes do estrangeiro foram internados em campos de concentração e o trabalho de evangelização começou a esmorecer.
Enquanto refletia para envolver as mulheres como evangelizadoras nas aldeias, Estêvão Ferrando cruzou-se com grupo de ex-alunas das Filhas de Maria Auxiliadora, que ajudavam as pessoas e cuidavam dos soldados feridos. Queriam ser religiosas. Ensinando-lhes o amor a Jesus, a Maria Auxiliadora, a Dom Bosco, às missões e à gente pobre, Estêvão fundou a Congregação das Irmãs Missionárias de Maria Auxiliadora dos Cristãos.
A 1968, Estêvão Ferrando apresenta renúncia ao governo da sua diocese.
Morreu a 20 de junho de 1978, em Itália.