Santo Artémides Zatti: Família do novo santo festeja canonização

A Igreja celebrou no Domingo, dia 9 de outubro de 2022, a canonização do salesiano coadjutor Artémides Zatti, o enfermeiro que dedicou toda a sua vida a cuidar, curar e acompanhar os doentes. Mónica Zatti, familiar do salesiano agora canonizado pelo Papa Francisco, contou à Agência ANS como a família viveu o acontecimento. “Minha mãe, meu tio, meus primos… todos estamos a festejar este grande e belo evento”.

Mónica G. Zatti, parente em linha colateral do novo Santo, é docente no Departamento de Matemática do Instituto Superior “Juan XXIII”, de Bahía Blanca, desde 2009, e provavelmente já passou dezenas de vezes pela sala de conferências da universidade que tem o nome do seu familiar. O avô materno era primo em primeiro grau de Artémides Zatti. “Como família, estamos a viver tudo isto com grande emoção e ufania, porque ele é um exemplo de vida e de doação. Tenho um livrinho que fala dele e que trago sempre comigo”, conta-nos a Professora, manifestando a devoção que nutre pelo novo santo.

“Artémides foi sempre uma figura importante na nossa família: o meu Vovô falava-nos sempre dele e de tudo a que renunciava para se dedicar com desvelo aos doentes e aos mais necessitados. Apontava-nos sempre o seu exemplo, e recomendava-nos que pedíssemos a sua intercessão de todas as vezes que nos deparássemos com problemas de saúde”, recorda Mónica.

Desde criança Mónica viveu na cidade de Cabildo, vila a 50 quilómetros de Bahía Blanca. “Vivíamos na mesma casa com alguns primos. Na família chamávamos-lhe «el tío» (o tio). Tenho também uma prima que é enfermeira exatamente por causa do exemplo de Artémides: estudou em Bahía Blanca, ia de boleia para as aulas e levava sempre consigo um santinho de Artémides para que ele a protegesse”.

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A família de Artémides Zatti emigra para a Argentina em 1897 para se estabelecer na cidade de Bahia Blanca

Quando em abril deste ano chegou a notícia de que Artémides Zatti seria proclamado santo, a sua família ficou muito emocionada. “Sempre soubemos tudo o que ele fez, mas nunca tivemos consciência da dimensão e da importância da sua figura, e do que ele significou para a vida de um tão grande número de pessoas. Quando era professora no Instituto ‘La Inmaculada’ soube da sua beatificação porque um outro professor mo dissera, e desde então fomos recebendo informações de pessoas de muitas terras que nos contatavam da sua vocação e da intercessão de Artémides na sua saúde”.

A história de vida e de vocação tão especiais de Artémides Zatti fizeram com que, ainda em vida, a sua fama de enfermeiro “santo” se difundisse por toda a região e que os doentes viessem até ele de toda a Patagónia. Quanto a ele, visitava os seus pacientes de bicicleta e a qualquer hora. Na simplicidade da sua vida, no seu serviço, na sua vida de Fé profunda, no seu sentido de comunidade e no seu bom humor, os seus contemporâneos descobriam uma pessoa que tinha encontrado o modo de ser feliz e que muito se parecia com o Senhor Jesus.

Mónica também se comove quando fala da sua própria história e da sua família. “A minha mãe, o meu tio, os meus primos, aqueles que estão aqui e também os que já estão lá em cima, no Céu, todos, estamos a festejar esta maravilhosa notícia que reforça a consciência de que Zatti sempre esteve connosco”, conclui.

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