O quarto de sete irmão, Carlos Della Torre nasceu a 9 de julho de 1900, em Cernusco Sul Naviglio, em Milão. Chamado à vida militar, durante a Primeira Guerra Mundial, como tenente dos Arditi, na frente albanesa, depois de regressar a casa, vê o seu pai morrer e toma a seu cargo a família. Dedicou-se ao trabalho dos campos e ao cuidado dos irmãos mais novos.
Aos 23 anos, Carlos Della Torre recebeu, do seu confessor, o Boletim Salesiano e, de modo a seguir a sua vocação sacerdotal e missionária, entrou para o Instituto Salesiano Cardeal Cagliero de Ivrea, onde terminou os estudos secundários.
Em 1926, despediu-se da família, e partiu para a China. Foi depois enviado para a Tailândia, e fez a primeira profissão religiosa em Bang Nok Khuek, a casa mãe da missão salesiana tailandesa. Ali, foi o encarregado da direção espiritual do pessoal da casa.
A 26 de fevereiro foi ordenado sacerdote e destinado a Tha Muang, onde permanece durante 12 anos, primeiro como vice pároco e depois como pároco. Viveu anos difíceis, marcados pela pobreza e pelas perseguições por causa da guerra indochinesa. Depois da II Guerra Mundial, o padre Della Torre, tomou a decisão de deixar a Congregação salesiana para poder dedicar-se, plenamente, à sua obra nascente, na diocese de Banguecoque.
Tendo passado, novamente, anos particularmente difíceis, sem teto, sem dinheiro e sem trabalho, ganhava o pão a bordar e a reparar roupas, que depois vendia por pouco dinheiro.
Em 1995, as primeiras sete irmãs emitiram os votos no Instituto feminino de direito diocesano, Filhas da Realeza de Maria Imaculada, que, entretanto, se dividiu em Filhas da Realeza de Maria e Congregação das Irmãs da Realeza de Maria.
Após 20 anos de trabalho intenso, e desgastado pela falta de forças, o padre Carlos Della Torre regressou à Congregação Salesiana, onde fez votos perpétuos a 9 de dezembro de 1981.
Morreu, em Banguecoque, a 4 de abril de 1982.
Humilde e submisso, Carlos Della Torre demonstrou-se sempre pronto a assumir qualquer tarefa ou encargo: pregar, dar catequese, fazer de trolha, de carpinteiro ou de mecânico. Mas a característica mais marcante da sua vida foi, sem dúvida, a sua filial devoção a Nossa Senhora, que o levou a rezar e a dar a conhecer a oração do Rosário.