Aproxima-se o final do primeiro período letivo nas escolas salesianas. A Festa de Natal nos Salesianos do Porto deste ano tomou a forma de um concerto-fábula. Uma homenagem ao sonho e à liberdade.
Partindo dos conceitos de sonho e liberdade, remetendo para as celebrações dos 200 anos do Sonho dos Nove Anos de São João Bosco e dos 50 anos da Revolução dos Cravos, a Festa de Natal nos Salesianos do Porto deste ano tomou a forma de um concerto-fábula.
Os alunos, com o apoio dos docentes, refletiram sobre textos de autores portugueses e músicas do cancioneiro da revolução de 25 de abril de 1974 para criar um espetáculo original.
Manuel António Pina, Jorge Araújo e Pedro Sousa Pereira, Álvaro Magalhães, Sophia de Mello Breyner, Manuel Alegre e Alberto Caeiro, entre outros autores, Zeca Afonso, Sérgio Godinho e José Mário Branco inspiraram a peça, um concerto-fábula, escrita pelos alunos de Performance, que também escreveram uma música que entra no alinhamento. O design do evento foi da autoria de Soraia Lage, Santiago Silva, Luana Mauris, Mariana Ferreira, Henrique Ferreira e Ema Cruz. O cartaz do espetáculo e convite foram criados pelos alunos do 12.º ano do Curso de Produção Gráfica. Os alunos do 10.º, 11.º e 12.º de Produção Gráfica foram responsáveis pelos adereços.
A encenação foi o resultado do trabalho de alunos e comunidade educativa, antigos alunos, pais e encarregados de Educação.
O projeto teve direção artística, seleção de textos e criação de conteúdos de Liliana Moreira; direção de design, cenários, adereços de Susana Lima; desenho de movimento de Marcelo Andrade; e preparação e direção vocal e arranjos de Jonas Araújo.
Assim nasceu “Enquanto houver cravos e rosas”, “num imenso jardim de pensamentos, numa expressão da vontade de sonhar grande, de sonhar alto e livre”, pode ler-se na folha de sala.
ENQUANTO HOUVER CRAVOS E ROSAS
Letra: Alunos de Performance
Música: Diogo Santos Silva
Não importa se és de longe
E que outros ventos trazes nas asas
Pode vir a noite e a sombra
Que aqui terás sempre uma casa
E quando esperas na boca do dia
Que seja outra vez manhã
Há qualquer coisa de poesia
Nessa esperança de esperar
O Natal é aqui, o Natal é agora
É e será quando um homem quiser
Enquanto houver cravos e rosas
E outras flores no peito a crescer
Dizem que és imperfeito
Por não teres medo de errar
Mas é por seres assim desse jeito
Que és mais livre para sonhar
Avança então no sonho
Até que nasça a canção
De um menino que plantou estrelas
Onde os outros só viam chão
Deixa que a noite te abrace então
E o peito se acenda como um foguetão
Rumo ao sonho, a um sítio de paz
À luz que te faz avançar
