“Através do deserto, Deus guia-nos para a liberdade”, o título da mensagem do Papa Francisco para a Quaresma de 2024, recorda que “é Deus que vê, que se comove e que liberta”.
Na sua mensagem, Francisco lembra a força amorosa com que Deus educa o seu povo, levando-o a deixar o Egipto pelo deserto, um caminho para a liberdade.
Escreve o Papa: “O êxodo da escravidão para a liberdade não é um caminho abstrato. A fim de ser concreta também a nossa Quaresma, o primeiro passo é querer ver a realidade. Quando o Senhor, da sarça ardente, atraiu Moisés e lhe falou, revelou-Se logo como um Deus que vê e sobretudo escuta: «Eu bem vi a opressão do meu povo que está no Egito, e ouvi o seu clamor diante dos seus inspetores; conheço, na verdade, os seus sofrimentos. Desci a fim de o libertar das mãos dos egípcios e de o fazer subir desta terra para uma terra boa e espaçosa, para uma terra que mana leite e mel» (Ex 3, 7-8). Também hoje o grito de tantos irmãos e irmãs oprimidos chega ao céu. Perguntemo-nos: E chega também a nós? Mexe connosco? Comove-nos? Há muitos fatores que nos afastam uns dos outros, negando a fraternidade que originariamente nos une. Na minha viagem a Lampedusa, à globalização da indiferença contrapus duas perguntas, que se tornam cada vez mais atuais: «Onde estás?» (Gn 3, 9) e «Onde está o teu irmão?» (Gn 4, 9)”.
O Pontífice desafia, por fim, a viver esta Quaresma como conversão, assim a humanidade experimentará uma “nova esperança”.
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