Acima de nós, a mais de 400 km de altitude, encontra-se a Estação Espacial Internacional, que integra o módulo Columbus, do qual os nossos alunos de Lisboa elaboraram uma réplica em exposição no Pavilhão do Conhecimento.
“Um pequeno passo para o homem, um salto gigante para a humanidade”: palavras de Neil Armstrong, em julho de 1969, ao pisar pela primeira vez a superfície lunar.
De aí em diante, a exploração do Espaço não mais cessaria, a ela se juntando, em 1975, a Agência Espacial Europeia (ESA), uma organização intergovernamental sedeada em Paris, que reúne 22 estados membros. Os projetos da Agência destinam-se a descobrir mais sobre a Terra, o sistema solar e o Universo, bem como desenvolver tecnologias e serviços com base em satélites.
Lançada em 1988, e viajando a uma velocidade média de 27.700 km por hora, a Estação Espacial Internacional (ISS) assegurará até 2030 a presença permanente de astronautas no espaço; em 2008, ser-lhe-ia agregado o módulo Columbus, o primeiro laboratório em órbita da Europa: no seu interior são realizadas experiências no campo da pesquisa científica e tem sido utilizado por astronautas para cultivar plantas, desenvolver novos metais e até para realizar experiências em si mesmos.
Foi desse módulo que os alunos do nosso Colégio de Lisboa realizaram, no ano letivo passado, uma réplica fiel. Tratou-se de um projeto interdisciplinar, que envolveu no seu desenho e construção a colaboração de todos ao longo de cansativas mas incansáveis horas de dedicação. Na recriação do Columbus foram maioritariamente utilizados materiais reciclados ou existentes na Escola. Matilde Fernandes, agora antiga aluna, testemunha como foi: “A conceção deste projeto teve inúmeras fases, desde planeamento das diferentes estruturas, construção de pequenos e grandes volumes, ao making off de todo o processo através de vídeos e imagens. Foram meses de muito trabalho e entreajuda entre alunos e professores. O que começou como um cilindro de metal, acabou sendo o resultado da amizade e do trabalho de todos e pelo qual temos um grande carinho”.
A réplica construída pelos alunos salesianos foi certificada pela Agência Espacial Europeia
E valeu a pena o esforço: a ESA acabaria por certificar o produto final – no mundo é o único! –, encontrando-se atualmente em exposição na entrada do Pavilhão do Conhecimento – Centro Ciência Viva, no Parque das Nações, em Lisboa, até 7 de abril.
Foi para aí, precisamente, que as turmas do sétimo ano de escolaridade se dirigiram no decurso do mês de janeiro, no âmbito da disciplina de Físico-Química, como forma de complementar os conteúdos transmitidos em sala de aula e despertar, nos alunos, o gosto, a paixão até, pelo estudo das Ciências.
Terminada a visita, encanto e satisfação eram bem visíveis nos rostos dos participantes.
João Nascimento deixa-nos a sua opinião: “Achei esta experiência muito interessante pois pudemos interagir nas atividades que havia. Quanto ao módulo Columbus, feito pelos nossos colegas do secundário no ano passado, foi importante para percebermos que a nossa vida, a comparar com a dos astronautas, é muito mais fácil.”
Idêntica apreciação pelo seu colega Manuel Martins: “Esta visita foi enriquecedora e adequada aos temas desenvolvidos nas aulas. Passámos também nas salas das exposições permanentes, que são interessantes e divertidas para todas as idades, tendo como objetivo revelar detalhes interessantes sobre temas científicos. Sobre a cápsula, achei muito surpreendente haver algo tão original e inovador na exposição, realizado por alunos dos Salesianos e com o símbolo do nosso Colégio na placa descritiva”.
Educar é isto, afinal: transmitir conhecimentos, apontar caminhos, guiar os alunos pela mão rumo a um futuro que ainda mal pressentem mas se avizinha já.
Publicado no Boletim Salesiano n.º 602 de março/abril de 2024
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