Seiscentas mil pessoas, quase metade da população de Timor-Leste – divulgou o Vaticano –, terão participado na Eucaristia presidida pelo Papa Francisco no Parque de Taci Tolu no dia 10 de setembro.
Na homilia, Francisco lembrou que o nascimento de uma criança foi a forma como Deus fez “brilhar a sua luz salvadora”, e que também no caso de Timor a sua presença é uma dádiva, que traz energia, vida e renovação. “O que o povo tem de melhor é o sorriso das suas crianças. E um povo que ensina as crianças a sorrir é um povo com futuro”, concluiu.
No encontro com as autoridades do país, elogiou a capacidade de manter a esperança durante os anos da ocupação indonésia e de renascer com “paz e liberdade”, “misericórdia e perdão”.
Em Timor-Leste durante menos de 48 horas, a agenda do Papa incluiu a visita à escola “Irmãs Alma”, dedicada a crianças com deficiências. “Sem amor, isto não se compreende”, afirmou. Chamou-lhe sacramento dos pobres: deixar-se cuidar pelos outros, “por Deus, que nos ama tanto”, “por Nossa Senhora, que é nossa Mãe”.
Esta foi a 45.ª visita apostólica do Papa Francisco, que fará 88 anos em dezembro. A viagem foi a mais longa do pontificado, entre 2 e 13 de setembro, incluiu 44 horas e mais de 32 mil quilómetros de voo, com visita à Indonésia, Papua-Nova Guiné, Timor-Leste e Singapura. Pela segunda vez Timor-Leste recebeu a visita do Chefe da Igreja Católica.
Em 1989, o Papa João Paulo II visitou Timor-Leste sob ocupação militar, durante a viagem à Coreia, Indonésia e Ilhas Maurícias.