Salesianos da Bolívia dão formação especial a mulheres indígenas

Salesianos da Bolívia dão formação especial a mulheres indígenas

Ação promovida por Organização Não-Governamental espanhola pretende combater desigualdade através de formação.

Nos últimos meses, 80 mulheres indígenas da população da província de Muñecas, na Bolívia, participaram nos cursos de formação oferecidos pela ONG espanhola para o desenvolvimento salesiano “Bosco Global”, visando emancipá-las, através da formação à liderança, ao autocuidado e à corresponsabilidade no âmbito doméstico.

Nos municípios de Ayata, Chuma e Aucapata, a “Bosco Global” desenvolve o projeto “Desconstrução da desigualdade em favor dos direitos das mulheres indígenas na Província de Muñecas”, iniciativa que também conta com o apoio da Generalitat Valenciana, de Espanha.

Graças ao trabalho da organização parceira local da “Bosco Global”, a Fundação “Machaqa Amawta”, e à colaboração da Federação Bartolina Sisa (das mulheres camponesas indígenas da Província de Muñecas), no mês de fevereiro foram organizados dois workshops de formação.

O processo contou com a participação de 80 mulheres. A abordagem dos temas respeitou o contexto, costumes e cultura locais, mas procurou desconstruir alguns estereótipos.

“Registámos uma participação ativa nas oficinas propostas. Elas manifestaram grande interesse e agora têm grandes expetativas de poder aprender tudo o que é ensinado para levar às suas comunidades, onde, devido ao modelo cultural patriarcal de que são herdeiras, muitas não tiveram oportunidades de desenvolvimento profissional ou tecnológico, vendo o seu papel reduzido ao cuidado de tarefas domésticas, do gado ou das hortas das suas casas”, testemunhou Álvaro Meruvia, da Fundação “Machaqa Amawta”.

Ao mesmo tempo, a formação sobre corresponsabilidade no lar, realizada com mulheres líderes e parceiros ou familiares, teve participação ativa, com a análise e reflexão dos participantes. A partir das próprias realidades culturais e sociais, as mulheres analisaram o papel que cada pessoa desempenha nas famílias e comunidades, a fim de identificar e corrigir atitudes injustas, resultantes de costumes e preconceitos enraizados.

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Fonte: Salesianos.info

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