Numa sociedade em que convivem milhões de projetos de vida, de que forma podem os salesianos contribuir para a felicidade dos jovens? Numa sociedade em que convivem milhões de projetos de vida, de que forma podem os salesianos contribuir para a felicidade dos jovens?
Numa sociedade em que a degradação dos valores é cada vez mais visível o melhor mesmo é enfrentar a realidade e reconhecer que o mundo é aquilo que é e não aquilo que gostávamos que fosse.
À pessoa humana nunca faltou capacidade inventiva de criar modelos de vida e, tal como Dom Bosco fazia em relação aos Papas do seu tempo, sigamos o que o Papa Francisco aconselha: ouvir os jovens.
É melhor ouvi-los do que iludi-los com projetos simplistas, como diz o Documento final do Sínodo, com “propostas minimalistas”, ou sobrecarregá-los com mensagens coloridas, futuristas, delico-doces, embrulhadas em papel celofane, com fitinhas coloridas, mas desprovidas de compromisso evangélico: “Vem e segue-me” ou “Quem não toma a sua cruz não pode ser meu discípulo”.
Promovem-se muitos “Encontros”, mas nem sempre se proporciona o “encontro” que decide vidas e suscita vocações cristãs, sacerdotais e religiosas.
O Documento final do Sínodo apresenta um amplo espaço para a edificação do projeto salesiano: “As escolas e universidades católicas adquiram uma maior integração na atividade paroquial, a ‘Igreja território’, que deve ser missionária e não estática”.
Ora aqui está um filão inesgotável, um mapa precioso de orientação. A Escola não pode ser um forte sem vistas e sem saídas para o território paroquial. A Escola tem de construir ameias para que se avistem outros mundos e outras paragens.
O binómio escola/paróquia é de facto um novo paradigma a que é imperioso prestar atenção.
Numa cultura de avalanche como a nossa, a verdadeira escuta é o dique que pode suster o frenesim das palavras em que os donos do marketing pretendem aprisionar-nos.