Quanto bem se vive e se dedica, sem limites e sem fronteiras

Editorial do Boletim Salesiano n.º 575 de Julho/Agosto de 2019

O mês de agosto transporta-nos para momentos de agradável descanso e descontração, em que reencontramos tempo suficiente para estar gratuitamente com os outros e com Deus, para nos deixarmos surpreender de novo com a beleza da natureza, e nos saciarmos com o simples e informal!

A oportunidade que tive de participar num encontro de formação para provinciais salesianos, em Roma, fez-me imergir na realidade multifacetada da nossa Congregação, que é por definição identitária uma família missionária. Éramos provenientes do Japão, da China, da Indonésia, da Coreia, da Índia, do México, do Paraguai, do Uganda, da Itália e de Portugal! É impressionante esta variedade, mas não deixa de ser uma pequena imagem da dimensão universal das nossas presenças. Considerem-se, como exemplo, as 4.469 escolas salesianas espalhadas por todo o mundo, nas quais o sistema preventivo continua a fazer a diferença na vida de tantos jovens! Quanto bem se vive e se dedica, sem limites e sem fronteiras! E tudo isso para que a missão confiada a D. Bosco se concretize plenamente: “ser sinais e portadores do amor de Deus aos jovens!”.

Essa missão requer a entrega entusiasta de pessoas dispostas a dar vida dando a sua vida totalmente, como S. Luís Versiglia. Este bispo salesiano, um dos pioneiros desta missão universal salesiana, na Ásia, movido por tão grande generosidade e coragem, desbravou novos caminhos e horizontes. O provincial da China, Pe. Chi Yuen, recordava-me as recomendações de D. Versiglia aos missionários, em 1920: “O missionário que não permanece unido a Deus é um canal separado de sua fonte; o missionário que reza muito também faz muito; ame muito as almas, e esse amor lhe ensinará todas as coisas que você precisa de fazer para o bem delas; aspire sempre ao melhor e em tudo, mas fique contente com o que acontece; sem Maria Auxiliadora, nós salesianos não somos nada!” 

Leia também  Província do Médio Oriente, uma presença de fronteira

Fotografia: D. Luís Versiglia ao centro na foto

Artigos Relacionados