Alexandrina Maria da Costa, ou Alexandrina de Balasar como é conhecida, é uma beata portuguesa e salesiana cooperadora, cuja festa litúrgica se celebra a 13 de outubro.
Alexandrina nasceu numa aldeia perto da Póvoa do Varzim, chamada Balasar, a 30 de março de 1904. Quando tinha 14 anos, ao fugir de uns agressores que invadiram a sua casa, caiu de uma altura considerável, comprometendo a sua saúde. Anos mais tarde ficou definitivamente paralisada. Nos primeiros anos acamada pede intercessão a Nossa Senhora para a sua cura. Mas, Alexandrina percebeu que aquele era o seu caminho para estar mais perto de Cristo. Vivendo num ambiente católico, o que poderia ser uma história de uma vida trágica e triste, tornou-se exemplo de fé e devoção. Prova disso são os milhares de peregrinos que ainda hoje acorrem à sua localidade natal, para pedir a sua intercessão e meditar sobre os inúmeros pensamentos e recomendações que deixou.
“Porque só a orar me sentia bem”
As experiências fortes de fé que Alexandrina viveu foram acompanhadas por várias testemunhas, entre elas os sacerdotes que a acompanharam. É assim que acontece a sua ligação aos salesianos. É o seu diretor espiritual, padre Humberto Pasquale, salesiano italiano, que lhe dá a conhecer D. Bosco e a sua obra. Após um processo de discernimento, faz-se salesiana cooperadora e acaba por fazer do seu quarto um mini-oratório. As crianças e os jovens vinham ter com ela, a sua casa, e naquele pequeno espaço Alexandrina dá-lhes catequese e fala-lhes de Jesus como quem fala de um amigo que está muito próximo. São incontáveis as pessoas que a visitam à procura de conselhos e recomendações. Alexandrina foi, sem dúvida, luz na vida de muitos.
“Amar, Sofrer, Reparar”
Foi o seu lema de vida. Os sinais mais fortes da sua experiência de fé acabam por ser um indicador da sua proximidade de Jesus que fazia pela comunhão frequente, pela oração constante e pelos sacrifícios. O reviver da paixão de Cristo por 182 vezes, o longo e total jejum de 13 anos, e muitos outros sinais místicos caracterizaram a existência terrena de Alexandrina Maria da Costa, uma jovem portuguesa, beatificada por S. João Paulo II a 25 de abril de 2004.
Alexandrina Maria da Costa morreu a 13 de outubro de 1955, aniversário da última aparição de Nossa Senhora em Fátima. Em 1978, os seus restos mortais foram trasladados do cemitério de Balasar para a igreja paroquial. Hoje, o seu corpo repousa numa capela lateral.