Diz-se, de quem é egoísta e só sabe pensar em si, que só olha para o seu umbigo. O interessante é que olham exatamente para a marca do seu corpo que indica a absoluta necessidade de estar em relação com o outro, pois o umbigo recorda-nos que devemos a nossa vida à estreita relação estabelecida com a nossa mãe.
De facto, ainda antes de termos nascido, já estamos a relacionarmo-nos com alguém!
Qualquer um de nós, se estivesse alheado de tudo e todos, seria um ser insignificante. O outro torna-se essencial à minha existência porque me obriga a sair do marasmo e a procurar ser melhor. Quanto mais nos viramos para o outro, mais nos encontramos, pois é na relação com o outro que descobrimos as nossas virtudes e expomos os nossos defeitos. Mais: é precisamente no outro que consigo encontrar Deus! É no outro que experiencio o amor, a solidariedade, a compaixão, o perdão, a alegria,… Queres conhecer Deus e estar ao serviço d’Ele? Então, sai da tua redoma e vai ao encontro dos que te rodeiam! Envolve-te, aproxima-te, dá-te sem esperar algo em troca, deixa simplesmente que o amor de Deus se torne realidade em ti e para os outros.
“Em verdade vos digo que tudo o que fizestes a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim mesmo o fizestes” (Mt 25, 40). Tudo está claro: se queres viver, tem de ser com e para os outros! Se queres estar junto de Deus, trata o teu irmão com todo o Amor que Deus te deu! E da próxima vez que olhares para o teu umbigo, lembra-te que só estás vivo(a) porque alguém aceitou estar ligado a ti. É essa a maravilha do Amor de Deus, que é dado e repartido, mas, no final, acaba sempre por ser multiplicado!