Dom Bosco apresenta o trabalho e a temperança como uma unidade, como um todo. Não dois aspetos separados da sua vida e obra. Relata-o de forma muito eloquente no sonho dos 10 diamantes.
Nesse sonho Dom Bosco vê aparecer entre os salesianos reunidos em retiro um homem de ar majestoso. O personagem estava vestido com um manto rico, como uma capa que lhe cobria o corpo. A parte próxima do pescoço era como uma faixa que se atava na frente, e sobre o peito pendia um laço. Sobre o personagem estavam incrustados dez diamantes de tamanho e esplendor extraordinário. Três deles sobre o peito, nos quais se lia: Fé, Esperança e Caridade. Sobre os ombros levava outros dois diamantes: no ombro direito lia-se trabalho e no esquerdo temperança.
O diamante do trabalho, conclui Dom Bosco, relembra o “êxtase da ação” de que fala S. Francisco de Sales; os salesianos de mangas arregaçadas em volta dos jovens, não como simples faz-tudo, mas como genuínos promotores do bem-estar dos jovens e da sua salvação.
Já o diamante da temperança indica antes um estilo de vida rigoroso, feito de sacrifício, de horário exigente e dedicado, e acompanhado de moderação a que se une uma atitude simpática, rica de bom senso e com suficiente espaço para uma dose saudável de astúcia e vivacidade típica dos salesianos.
Tão importantes eram estes dois diamantes para Dom Bosco que ainda hoje os Salesianos os têm referidos nas suas Constituições, artigo 18: “o trabalho e a temperança farão florescer a Congregação Salesiana”.