Os jovens, “o grupo mais delicado e valioso da sociedade humana” (MB II), foram o campo de apostolado indicado pela Divina Providência a Dom Bosco e continuam a ser hoje a razão de ser de todos aqueles que, na Igreja, são chamados a ser sinais e portadores do amor de Deus especialmente aos jovens mais pobres e em risco.
Dom Bosco nunca esqueceu o sonho dos 9 anos, aquele que deu o mote a toda a sua obra. No entanto, o campo juvenil foi uma descoberta progressiva. O jovem João Bosco, recém-ordenado sacerdote, interroga-se sobre o plano de Deus para a sua vida. Como homem profundamente do seu tempo deixa-se questionar pela realidade que o envolve e descobre nela o chamamento de Deus. Para ele, os jovens foram a “terra prometida”, o cumprimento da promessa de Deus feita no sonho dos nove anos.
Dom Bosco não se contentou em oferecer pão, instrução e perspetivas de um futuro melhor aos jovens com os quais trabalhava. O seu projeto educativo foi alavanca no tecido social daquele tempo a fim de mudar as estruturas injustas existentes. Fundou presenças com capacidade transformadora que se converteram em casa, escola e paróquia dos que mais precisavam.
O santo dos jovens não concretizou apenas uma ação paliativa na juventude, provocou uma mudança cultural no mundo juvenil que ainda hoje compromete muitas pessoas identificadas com a sua missão.