Deus vive no quotidiano…

Sou o Diogo Almeida, nascido em Viseu e tenho 25 anos. Sou salesiano há 5 anos. Atualmente estou em Roma a estudar para ser padre. Não sei dizer quando começou a minha vida de fé, porque na minha aldeia é um dado adquirido.

Lembro-me de aos 4 anos, antes de dormir, a minha avó vir ao meu quarto para rezarmos em conjunto, normalmente era o Anjo da Guarda: “Anjo da Guarda, minha companhia, guardai minha alma de noite e de dia”, mas também rezávamos outras orações como o Pai Nosso e a Avé Maria.

A minha avó foi um grande exemplo de vida para mim. Nos últimos meses de vida mesmo num estado grave de saúde nunca deixou de rezar o terço. Posso afirmar que foi ela que me incentivou a conhecer Jesus, foi a minha “primeira catequista”. Algumas vezes quando estava com a minha avó em casa ia com ela ao terço. Ia cedo para a catequese para poder brincar com um amigo meu. Depois da catequese íamos todos à missa e o grupo de catequese ficava todo nos primeiros bancos da igreja. E assim foi o início da “minha fé”.

Fiz catequese até ao 9º ano, recordo-me que às vezes não percebia algumas coisas da fé e ia perguntando à catequista, e ela na sua simplicidade tentava responder. Desde o 6º ano fui acólito, gostava de prestar este serviço à comunidade, claro que não o sentia como um serviço, mas sentia-me bem ao fazê-lo. Foi durante o 9º ano que fui também descobrindo a minha vocação.

Quando tinha 15 anos, a paróquia organizou um passeio ao seminário de Lamego e gostei muito de o ter visitado; é um passeio que ainda hoje recordo com carinho. Um dia o padre da minha terra perguntou-me se queria ser sacerdote, mas não respondi logo, no entanto aquela ideia não me saiu da cabeça. No fim do 9ª ano fui para os Salesianos do Porto estudar, com essa intenção de ser padre.

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A fé, na minha vida, foi-se fortalecendo com o passar dos anos. Nos Salesianos do Porto, todos os dias de manhã, fazíamos a oração da manhã e como vivia no internato, antes de ir para o quarto, tínhamos a boa noite. Depois comecei a dar os primeiros passos na minha vocação e fiz a primeira profissão religiosa como salesiano de D. Bosco.

O motivo que me levou a ser salesiano foi o chamamento que Deus me fez. Isto é, através da oração e do acompanhamento vocacional cheguei a tomar esta decisão. A minha vocação desenvolveu-se com naturalidade, nada de especial, descobri Deus nos pequenos detalhes da vida. E todos os dias peço a Deus para me guiar nos passos que vou dando como salesiano. Uma coisa tenho vindo a descobrir na vida: Deus não me abandona.

Diogo Almeida, SDB


Fé, esperança e caridade!

Fé, esperança e caridade! As três virtudes teologais, três pilares da nossa vida cristã sem os quais seriamos pessoas incompletas, inseguras e vacilantes.

Ao ler o testemunho deste jovem salesiano vemos como estas três virtudes se vão interligando ao longo de toda a sua vida. Ele conta-nos como esta aventura começa com o despertar e fortalecer da fé, que lhe chega pelo testemunho de várias pessoas e circunstâncias. Uma fé que o faz avançar e recuar, descobrir e caminhar.

Por outro lado vemos a caridade ou o amor. Na verdade todos nós procuramos viver por amor e no amor. O Diogo no seu testemunho fala-nos de serviço, uma palavra tão em desuso… servir… mas é mesmo bonito pensarmos na nossa vocação como uma forma de servir no amor. Se a nossa vida é para os outros, que seja gasta num serviço fecundo no amor.

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Por fim, a esperança. Para quem vai descobrindo na própria pele que Deus não abandona há certamente razões de esperança. Uma esperança alicerçada neste saber-se amado por Deus. Uma esperança que nos leva a ser confiantes, otimistas, alegres tal como Dom Bosco pedia incessantemente.

Fé, Esperança e Caridade! Três palavras, três virtudes, três atitudes que transformam a vida. Diria que são o segredo para uma vida plena.

Pe. Juan Freitas, SDB

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