Depois das apresentações dos Conselheiros Gerais, na tarde de dia 18 de fevereiro, tomou a palavra o Reitor-Mor, Pe. Ángel Fernández Artime. Pela primeira vez na história da Congregação, o Relatório sobre a Congregação Salesiana foi transmitido ao vivo, através da rede social Facebook.
A intervenção do Reitor-Mor espelhou o resultado das muitas experiências vividas nas visitas de animação e nos encontros pessoais durante o sexénio: mais de 13.000 irmãos.
“Qual é o estado da nossa querida Congregação?”: a pergunta apresentada no início do Relatório encontrou respostas, e as luzes foram mais do que as sombras.
Vida Consagrada
“A visibilidade e a credibilidade da nossa vida consagrada diminuiu: é uma fraqueza e também um desafio permanente que se enfrenta com fé e coragem: os mais de 400 noviços que todos os anos iniciam a vida salesiana são um dom que confirma que a nossa Congregação não perdeu a sua fidelidade”, afirmou o Reitor-Mor.
É preciso dizer que as tarefas que nos foram confiadas pelo 27.º Capítulo Geral no seu final – pertencer mais a Deus, aos irmãos, aos jovens – são tarefas que foram assumidas e que fizeram o seu caminho.
“Congregação Missionária”
A Congregação continua a ser uma congregação missionária nos muitos contextos em que está presente: onde o cristianismo é uma minoria, em contextos islâmicos ou budistas, por exemplo, ou onde há uma presença bem estabelecida, como na Amazónia. Nesta realidade, são 47 comunidades e 245 salesianos. Esta vocação missionária só pode crescer na vontade de solidariedade entre as Províncias, com o intercâmbio de irmãos.
“Como Salesianos continuamos a ser educadores e evangelizadores de jovens”: privilegiamos a evangelização, há mais atenção ao acompanhamento, envolvemos mais as famílias.
“Como Congregação sentimo-nos parte ativa na Igreja, em união com o Papa Francisco, sempre prontos a aceitar as suas indicações, como ficou patente nos últimos Sínodos sobre a família e os jovens”.
São numerosos e diversificados os desafios onde se vive o fenómeno da migração ou a realidade dos refugiados e dos migrantes.
Os salesianos animam cada vez mais comunidades educativas com os leigos e outros membros da Família Salesiana, também por esse motivo a missão adquire mais consistência.
Desafios e dificuldades
Não faltam desafios e apelos.
Antes de tudo, a formação, para reforçar e dar maior identidade carismática salesiana nos anos da formação inicial, sem esquecer todos os anos de vida.
Há sempre a necessidade de continuar a acolher o apelo dos jovens, que pedem em primeiro lugar a presença e o acompanhamento: “Fazei a viagem connosco, precisamos da vossa presença”, foi recordado.
Precisamos de continuar a acompanhar aqueles que estão envolvidos em tarefas de governo, em primeiro lugar os provinciais e os seus vigários.
Na sua intervenção o Reitor-Mor encorajou os salesianos a continuar com fidelidade a sua missão, mesmo em momentos difíceis e de sofrimento.
Hoje a Congregação está mais purificada, mais robusta, mais serena.
É uma Congregação que cresce continuamente também na solidariedade económica, especialmente para enfrentar as muitas situações em que há dificuldades no dia-a-dia e prover os custos da formação. Providência e muitos benfeitores não faltam.
Os jovens mais pobres, compartilhando a missão com os leigos, estando ativamente presentes na realidade digital, são ainda outros desafios que o CG28 deve estudar.
E o estudo continua durante os próximos dias com momentos de reflexão, de oração, de debate.
