Editorial do Boletim Salesiano n.º 566 de Janeiro/Fevereiro de 2018
O mês de janeiro inaugura mais um ciclo da nossa vida comum! Olhamos o novo ano com confiança reforçada e com a alegria e o entusiasmo em alta, porque a quadra natalícia nos recentrou no essencial e nos recordou que “n’Ele vivemos, nos movemos e existimos” (Act 17, 28).
É tradição entre nós, Família Salesiana, recebermos nesta altura o lema para o novo ano, que imprime uma mesma tonalidade às diversas iniciativas apostólicas de cada grupo. É então este o desafio que o Reitor-Mor, D. Ángel Artime, nos lança para 2018: “Cultivemos a Arte de Escutar e de Acompanhar”, e explicita-o inspirando-se no episódio evangélico do encontro de Jesus com a Samaritana – “Senhor, dá-me dessa água” (Jo 4, 15).
O Reitor-Mor justifica a escolha deste tema, por estar relacionado com o grande evento eclesial, o Sínodo dos Bispos convocado pelo Papa Francisco para o mês de outubro de 2018, com o título: «Os jovens, a fé e o discernimento vocacional». Desta forma, em comunhão com a Igreja, unidos aos leigos e aos jovens, com quem partilhamos a missão salesiana, somos mais sensibilizados para o propósito do Sínodo: «a Igreja decidiu interrogar-se sobre como acompanhar os jovens a reconhecer e a acolher o chamamento ao amor e à vida em plenitude, e também pedir aos próprios jovens que a ajudem a identificar as modalidades mais eficazes para anunciar a Boa Nova». E tal propósito, afirma o Reitor-Mor, entra diretamente no coração do nosso carisma!
Centra a atenção em dois elementos, que considera de vital importância para o mundo de hoje: a escuta e o acompanhamento pessoal. É sua convicção que há tantos jovens abertos à vida, desejosos de se formar e de aprender, jovens em busca, e que sentem uma grande necessidade de um encontro pessoal, de ser escutados e acompanhados.
Então, pergunta: porquê “ocupar-nos” ou “gastar tempo” noutras coisas, quando esta é uma verdadeira prioridade educativa e de evangelização? De seguida, oferece uma rica reflexão do episódio evangélico e evidencia numerosas intuições pastorais para orientar a nossa prática.
Justamente interpelados, vamos então, com os jovens e suas famílias, saciar a nossa sede profunda de amor na fonte da Água viva!