Num texto de opinião publicado na coluna do semanário A Comarca de Arganil, Carlos Dias reflete sobre o ensino à distância e as dificuldades que este impõe à escola, recorda o dia a dia da escola salesiana do Porto e a memória dos vários salesianos que fizeram da escola um espaço aberto ao mundo.
No artigo de opinião, o antigo professor de Artes do Colégio dos Órfãos do Porto, hoje Salesianos do Porto, recorda os ensinamentos dos Padres Manuel Magalhães, Antero, Ernesto, Delfim Santos, Joaquim Mendes e Maurício Pinho.
“Lembro que o saudoso Padre Maurício Pinho, diretor do colégio na viragem do século XX para o século XXI, dizia [numa] conversa de sala de professores que uma escola não era um ‘aulário’. É de escola que estamos hoje privados. […] O colégio foi escola onde recebemos os poetas Eugénio de Andrade, Manuel António Pina, Regina Guimarães, Saguenail, Nuno Higino; […] os atletas Rosa Mota e Fernando Gomes e o músico Pedro Abrunhosa; [o] encenador João Paulo Seara Cardoso [e] Manuel Nemésio, escritor e filósofo […]. Hoje, os professores estão confinados a um computador mas continuam a dar o seu melhor […]. A eles o nosso muito obrigado, o nosso agradecimento e louvor, pois também são eles os heróis de hoje e de sempre, particularmente destes tempos”.