O amor de D. Bosco ao Sumo Pontífice foi algo de extraordinário e é parte integrante do que significa ser salesiano.
A devoção de D. Bosco à Igreja e aos seus Pastores, nomeadamente o Papa, é um exemplo para nós que vivemos estes momentos de Sede Vacante. Enquanto esperamos o início do Conclave onde será escolhido o sucessor de Bento XVI, fazemos eco das palavras do santo: “Qualquer sacrifício é pouco quando se trata da Igreja e do Papa”. Já muito foi dito e especulado em relação aos motivos que levaram à resignação de Bento XVI, mas a hora é de união e não de divisão.
O amor de D. Bosco ao Sumo Pontífice foi algo de extraordinário e é parte integrante do que significa ser salesiano. A espiritualidade salesiana vive em Igreja, sente com a Igreja e age pela Igreja. Afirmava o Pai e Mestre dos jovens: “Ninguém pode ser católico se não estiver unido ao Papa”.
No seu conhecido sonho das duas colunas D. Bosco profetiza sobre o papel do Papa enquanto sucessor de Pedro e guia terreno da Igreja. Conta D. Bosco, numa boa-noite aos seus rapazes do oratório, que havia sonhado com uma intensa batalha naval. Envolvido nessa batalha estava um navio majestoso que se destacava dos outros mas que estava sobre permanente ataque. Esse navio era comandado pelo Papa, que permanecendo ao leme com muito esforço, leva a nave até por entre duas colunas altíssimas e robustas: uma que sustinha uma estátua de Maria Auxiliadora e outra (ainda maior) que apontava para uma grande Hóstia, apresentada como a Salvação dos que creem. Ancorada a estas duas colunas, a grande barca conduzida pelo Papa prosseguiu segura e ilesa o seu caminho.
A interpretação do sonho de D. Bosco parece fácil e atribuir um significado a todos aqueles símbolos não é complicado se estivermos atentos. A verdade é que ainda hoje a sua leitura é válida e não podia ser de maior atualidade. Perante as dificuldades e obstáculos que a Igreja de hoje atravessa, as suas maiores “armas” serão sempre a devoção a Nossa Senhora e ao Santíssimo Sacramento da Eucaristia.