Brasão da Congregação Salesiana completa 140 anos

É símbolo do amor a Deus, ancorado na fé e na esperança, no exemplo de bondade de São Francisco de Sales e na fidelidade a São João Bosco. O brasão da Congregação Salesiana completa em 2025 140 anos.

“Como todas as Ordens e Congregações religiosas, os Salesianos também têm seu próprio brasão que resume o ‘programa’ típico da identidade, missão, meios e métodos escolhidos pelo fundador e sancionados pela Igreja. É uma mensagem e um compromisso”, escreveu Jorge Aldrighetti, especialista em brasonaria e heráldica Instituto Heráldico Genealógico Italiano, num artigo publicado pelo Boletim Salesiano italiano.

No dia 8 de dezembro de 1885, há 140 anos, foi usado pela primeira vez numa circular enviada por Dom Bosco. O desenho, da autoria do professor de desenho Giuseppe Boidi, foi apresentado a 12 de dezembro de 1884 pelo ecónomo-geral, Pe. Antonio Sala, ao Conselho Geral. Segundo o mesmo artigo, a intenção era para ser colocado na nova basílica do Sagrado Coração, em Roma. Para São João Bosco, o brasão deveria condensar a mensagem a ser transmitida aos seus filhos, justamente como um símbolo da sua identidade.

Os elementos e os seus significados

A figura de São Francisco de Sales recorda o Patrono da Congregação; a cruz latina com três folhas simboliza a sagrada religião católica; a estrela representa a fé, a âncora exprime a esperança e o coração em chamas simboliza a caridade; o louro é um símbolo de sabedoria e glória, enquanto a palma é símbolo de perseverança e martírio; as rosas aludem ao sonho do caramanchão; e o bosque, as montanhas e as colinas recordam o fundador, São João Bosco, e a terra natal os Becchi, Roma e as missões.

«Da mihi animas, caetera tolle»

Na base do brasão o lema salesiano «Da mihi animas, caetera tolle». Jorge Aldrighetti relata o processo da escolha: “O lema usado no selo antes de 1884 era «Discite a me quia mitis sum». O Conselho propôs «Sinite parvulos venire ad me», mas foi objetado porque já designava outras instituições religiosas. Pe. Giulio Barberis propôs «Temperança e trabalho», enquanto o Pe. Celestino Durando teria preferido a invocação «Maria Auxilium Christianorum ora pro nobis». Dom Bosco resolveu o problema propondo o «Da mihi animas caetera tolle» que ele usava desde os primeiros tempos do oratório”.

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“A cruz radiante, a grande âncora, o coração flamejante simbolizam as virtudes teologais; a figura de São Francisco de Sales recorda o Patrono da Congregação; o bosque na parte inferior lembra o Fundador; as altas montanhas significam os picos de perfeição aos quais os Membros devem se esforçar; a palmeira e o louro que, entrelaçados no caule, abraçam o escudo até o meio, são emblemas da recompensa reservada a uma vida sacrificada e virtuosa. O lema «Da mihi animas, caetera tolle» expressa o ideal de todo salesiano”. (www.sdb.org)

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