Fui chamado por Deus quando tinha 14/15 anos, porém não era consciente da relevância que teria na minha vida.
Quando Deus chama, espera uma resposta, mas esta não tem um timing concreto, a pessoa deve tentar responder ao longo da sua vida. Frequentemente, na oração da manhã, tento responder à seguinte pergunta: Senhor, como posso responder ao teu chamamento? E as respostas não são sempre iguais porque cada dia há desafios diferentes e a superar. Entregar a vida a Deus não é para mim um mérito, simplesmente uma resposta diária a um dom recebido de uma vez para sempre.
O artigo n.º 3 das Constituições Salesianas diz que “a nossa vida de discípulos do Senhor é uma graça do Pai que nos consagrou com o dom do seu Espírito e nos envia como apóstolos dos jovens”. Vejo a vida como um simples e contínuo aprender das experiências e dos estudos realizados até agora, mas com a certeza que será assim toda a minha vida. Tal como os discípulos faziam com Jesus, ouviam do Mestre e viam como Ele realizava prodígios e falava às multidões. Eu como salesiano sou chamado a viver em comunidade para realizar uma missão concreta com os jovens, especialmente os mais desfavorecidos. Estou confiante que o estudo da Teologia em Roma será uma mais-valia para realizar a missão que Jesus me confia cada dia e levar a pessoa de Jesus aos mais pobres e àqueles que nunca O conheceram.
Deus consagrou-me com o seu Espírito, dom gratuito para toda a humanidade, para responder a uma chamada. A minha resposta foi afirmativa e por isso concede-me uma série de dons que coloco à disposição dos jovens. Um dom que Deus me concedeu foi a alegria e vejo que é indispensável para a missão que me foi confiada. Na vida há momentos difíceis que levam à tristeza e ao desânimo, porém eu tento estar alegre porque tenho a certeza de que Deus me quer bem e feliz em todos os momentos. E posso dizer que uma presença alegre no meio dos jovens é revelar o mistério de Cristo (C. 34).