Mãe Margarida: fonte de inspiração espiritual

Margarida Occhiena ou Mãe Margarida, como é carinhosamente chamada, não foi, apenas, a mãe biológica de Dom Bosco, foi, também, a sua primeira colaboradora, a sua confidente e uma fonte de inspiração espiritual.

Mãe Margarida sempre foi uma mulher simples, mas profundamente religiosa e sábia. Completamente dedicada à sua família – ficou viúva muito nova, com três filhos pequenos para criar –, cedo começou a incutir nos filhos os valores cristãos, ensinando-lhes a confiarem em Deus, a serem honestos e a trabalharem arduamente. A sua presença foi, assim, determinante na formação dos valores que moldaram a personalidade e a missão de São João Bosco.
Mãe amorosa, educou João Bosco, e os seus irmãos, com uma pedagogia intuitiva, que refletia princípios como a razão, a religião e a amabilidade, valores que foram, posteriormente, integrados no Sistema Preventivo.

Para Mãe Margarida, a educação ia para além do ensino académico, sendo, antes de tudo, feita com o coração.

Uma missão acompanhada

Mãe Margarida entendia a importância da missão do seu filho e dedicou-se, completamente, a apoiá-lo, tornando-se a primeira “salesiana cooperadora”, no sentido mais pleno do termo.

Em 1846, após a abertura do primeiro oratório, João Bosco ficou gravemente doente, Mãe Margarida, já com 58 anos, deixou a sua vida tranquila em Becchi para ir cuidar do filho e, consequentemente, ajudar a cuidar dos jovens acolhidos. A sua presença no oratório foi um testemunho vivo de amor materno e de caridade cristã. Ela cozinhava, limpava, costurava e oferecia, a todos, um carinho genuíno, que muitos daqueles jovens nunca haviam experimentado. Para além disso, ela foi, também, uma guia espiritual para os jovens, encorajando-os a levar uma vida digna e honesta. 

A missão salesiana, repleta de cuidado e de afeto pelos jovens e fé em Deus, começou, assim, com o generoso coração de Mãe Margarida.

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Um modelo de santidade: Venerável Mãe Margarida

Em 2006, a Igreja reconheceu, oficialmente, a santidade de Mãe Margarida, ao proclamá-la “Venerável”. Esse título é uma confirmação de que viveu, plenamente, as virtudes cristãs, sendo um exemplo, não apenas para os salesianos, mas para todos os fiéis.

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