Nascida a 24 de setembro de 1883, em Oicatá, na Colômbia, Ana Maria Díaz foi batizada a 27 de novembro do mesmo ano. Filha de Eduardo Pozano e de Teresa Díaz, Ana cresceu no seio de uma família cheia de virtudes.
O pai de Ana Maria contraiu lepra, o que fez com que a família se tivesse que mudar para Tamara e foi aí que Ana fez a sua Primeira Comunhão, a 4 de março de 1894. Mas o pai de Ana precisava de um tratamento ainda mais especializado, assim, mudou-se para o lazareto de água de Diós, tendo deixado a esposa e a família em profunda dor.
Indo ao encontro do pai, a família mudou-se para Água de Diós, e foi aí que Ana Maria sentiu um forte chamamento de Deus. Inicialmente, desejou entrar na congregação das Irmãs da Apresentação, mas não foi aceite.
Deus tinha um plano para Ana Maria que esta desconhecia, queria que fosse pedra angular de uma obra bendita. Foi em Água de Diós que Ana Maria encontrou o padre Luís Variara, que com a típica alegria e bondade salesianas se converteu no mestre espiritual que orientou a jovem na procura da vontade de Deus.
No dia 19 de junho de 1902, com a sua irmã Carmelita, Ana Maria consagrou-se ao Sagrado Coração de Jesus, como vítima de amor e de reparação. A 7 de maio de 1905, com a aprovação do arcebispo de Bogotá, nasceu o Instituto das Filhas dos Sagrados Corações de Jesus e de Maria, que tornou possível a vida consagrada a jovens doentes de lepra ou filhas de leprosos. Ana iniciou, nesse mesmo dia, o seu postulantado. A 6 de janeiro de 1906 vestiu o hábito religioso e começou o noviciado num ambiente de oração e caridades sem limite para com as crianças doentes de lepra do asilo Miguel Únia. A 19 de março de 1907, Maria uniu-se para sempre a Jesus.
Depois da morte da superiora geral, a comunidade elegeu Ana Maria como nova superiora, a 24 de junho de 1907. Confiando no Espírito Santo e em Maria Auxiliadora, Ana aceitou o cargo com simplicidade e humildade, contando sempre com as orientações do Beato Luís Variara, o fundador do Instituto; e com a caridade das irmãs.
A Madre Ana Maria foi Superiora geral durante 55 anos e consolidou o carisma vitimal na espiritualidade salesiana.
Assumindo as atitudes de Jesus Bom Pastor, soube ler os acontecimentos na ótica do Evangelho e à luz do carisma salesiano.
Ana Maria fundou ainda as obras de Nazaré, Santa Helena e Santa Ana, em favor das crianças sãs e enfermas de lepra, bem como em favor dos mais pobres e abandonados.
Em 1903, obteve a aprovação diocesana do Instituto, por parte da Santa Sé. Em seguida, obteve a aprovação para receber noviças sem a doença de lepra ou nascidas de pais sãos. Reconhecendo a santidade de Luís Variara, solicitou e obteve o decreto para a abertura da sua causa de beatificação e canonização.
Em 1968, a Irmã Ana convocou o VI Capítulo Geral e entregou o governo do Instituto à nova superiora, a Madre Evangelina Garavito. Depois, retirou-se para a comunidade de Nazaré, em Água de Diós, onde pôde experimentar um grau mais alto de contemplação.
Faleceu a 5 de março de 1982.