B. José Calasanz e 31 companheiros

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B. José Calasanz e 31 companheiros

Beatos

Entre 1936 e 1939, a Espanha esteve envolta numa dramática e sangrenta guerra civil: um conflito carregado de lutas antagónicas ideológicas. Houve também danos para a Igreja espanhola, que sofreu, especialmente por parte de forças anarquistas e milícias, uma perseguição violenta. Foram massacrados milhares de sacerdotes, religiosos e leigos, só porque eram cristãos.

Biografia

Entre estes cristãos contam-se inúmeros membros da família salesiana: 39 sacerdotes, 22 clérigos, 24 coadjutores, duas filhas de Maria Auxiliadora, quatro salesianos cooperadores, três aspirantes salesianos e um colaborador leigo, 95 no total.

Foram iniciadas três causas distintas de martírio, que depois resultaram em duas: para o grupo de Valencia – 32 mártires – liderado por Dom José Calasanz, e para os dois grupos de Sevilha e Madrid – 63 mártires – liderado por Dom Enrico Saiz Aparicio. O primeiro grupo foi beatificado em março de 2011, juntamente com outros mártires da diocese de Valência, os outros dois grupos foram beatificados a 28 de outubro de 2007.

Dom José Calasanz Marqués (1872-1936) nasceu em Azanuy, numa família de agricultores. Em 1886 conheceu, em Sarrià, Dom Bosco, que já se encontrava muito cansado e em sofrimento.

Entrou na Congregação, como noviço, em 1890 e foi ordenado sacerdote cinco anos depois, tornando-se o primeiro salesiano espanhol a ser ordenado sacerdote.

Exerceu o ministério sacerdotal durante 20 anos, tendo sido, posteriormente, enviado para Cuba com o objetivo de organizar as presenças salesianas nas Antilhas. Ao fim de seis anos foi nomeado Provincial do Peru-Bolívia.

Depois de regressar a Espanha, em 1925, foi nomeado Provincial de Tarraconense, cargo onde se manteve até à sua morte.

Encarnando, de forma notável, o carisma salesiano, José Calasanz era amado por todos. Com grande bondade no coração e delicadeza no trato, conduziu os destinos da Província com firmeza e espírito paterno, tanto que muitos o consideravam como “um outro D. Bosco”.

Homem de coração e grande trabalhador, preocupou-se, até ao fim, com a salvação dos seus irmãos. Estava a pregar os exercícios espirituais aos irmãos de Valência, quando na noite de 20 para 21 de julho de 1936 foi preso juntamente com toda a comunidade. Uma semana depois todos foram libertados e, depois de ter dado a cada um o necessário, enviou-os a procurar um local seguro para ficar e a entregarem-se à Providência.

Mais tarde, a 29 de julho de 1936, José Calasanz foi novamente detido e levado à sede do Comité revolucionário, com mais dois irmãos. Os milicianos encontraram a sua batina e identificando-o como padre, decidiram matá-lo.

15 sacerdotes: Francesco Bandrés Sànchez, Giuseppe Batalla Par-ramón, Giacomo Bonet Nadal, Giuseppe Bonet Nadal, Giuseppe Ca-selles Moncho, Giuseppe Castell Camps, Sergio Cid Pazo, Riccardo de los Rios Fabregat, Giuseppe Giménez Lopez, Giulio Junyer Padern, Antonio Martin Hernàndez, Giovanni Martorell Soria, Giu¬seppe Otin Aquilué, Giuliano Rodriguez Sànchez, Alvaro Sanjuàn Canet; sete coadjutores: Giacomo Buch Canals, Agostino Garcia Calvo, Eliseo Garcia Garcia, Giacomo Ortiz Alzueta, Giuseppe Rabasa Ben-tanachs, Angelo Ramos Velàzquez, Egidio Rodicio Rodicio; seis clérigos: Zaccaria Abadia Buesa, Francesco Saverio Bordas Piferrer, Mi¬chele Domingo Cendra, Filippo Hernàndez Martinez, Pietro Mesonero Rodriguez, Felice Vivet Trabal; um colaborador leigo: Alessandro Planas Sauri; duas filhas de Maria Auxiliadora: Maria Carmen Moreno Benitez.

Datas

  • Beatificados a 11 de março de 2001
  • A sua memória é celebrada a 22 de setembro