Matilde Salem Chelhot

Matilde Salem Chelhot

Serva de Deus

Matilde Chelhot nasceu a 15 de novembro de 1904, em Alepo, na Síria, no seio de uma família abastada. Estudou nas Irmãs Arménias da Imaculada Conceição, e a 15 de agosto de 1922, casou com Jorge Elias Salem, um empresário industrial. Viveu uma vida de casal de amor sincero.

Biografia

Com uma educação cuidada, que esteve a cargo das Irmãs Arménias da Imaculada Conceição, Matilde Salem Chelhot viveu uma vida feliz, ao lado do seu marido. A impossibilidade de ser mãe e a frágil saúde do seu companheiro, entristeceram um pouco aquela união, contudo, Matilde sempre soube confortar o seu marido e estar ao seu lado sempre que as mudanças de humor e a fadiga profissional se apoderavam dele.

As dificuldades sucediam-se na família Chelhot, mas a raiva ou o rancor nunca prevaleceram e o coração de Matilde permaneceu livre e paciente, atento às exigências e necessidades dos seus familiares, em especial dos sobrinhos, a quem assistiu e ajudou nas suas respetivas opções com afeto e perspicaz.

A 26 de outubro de 1944 enviuvou e foi, então, que descobriu a sua vocação: dedicar-se totalmente ao próximo com um amor mais vasto, fazendo dos jovens pobres da cidade a sua nova família. Em colaboração com o arcebispo grego católico de Alepo, Matilde empenhou-se em realizar o grandioso projeto deixado, em testamento, pelo seu marido. Nasceu assim a Fundação Jorge Salem, que foi a casa de Matilde até à sua morte. Na igreja mandada construir por Matilde e dedicada a Santa Matilde foram depositados os restos mortais de Jorge e, mais tarde, também os de Matilde.

Matilde não nasceu santa, mas foi-se tornando, ao longo da sua vida, e o seu crescimento espiritual foi prova disso mesmo. Enfrentando um quotidiano problemático, sempre de sorriso nos lábios, mantinha uma inabalável confiança em Deus.

Despojada de todos os seus bens, morreu a 27 de fevereiro de 1961, numa casa que já não era sua, sem qualquer bem terreno e com fama de santidade. Passou por uma via sacra de 20 meses, provocada por um cancro que a destruiu.

Datas

  • Nasceu a 15 de novembro de 1904
  • Faleceu a 27 de fevereiro de 1961
  • Abertura do Processo Diocesano a 15 de novembro de 1995