Octávio Ortiz Arrieta, o primeiro salesiano sacerdote peruano, nasceu em Lima (Peru), a 19 de abril de 1878. Modelo de piedade, foi aceite e destinado à arte de carpinteiro numa das escolas profissionais salesianas. Brilhou pela sua inteligência e vontade de ferro.
Quando os primeiros salesianos chegaram ao Peru, em dezembro de 1891, Octávio Ortiz Arrieta decidiu juntar-se a eles. Conheceu o padre Carlo Pane, um amigo que a Providência lhe tinha preparado.
Com a abertura das escolas profissionais, Octávio foi imediatamente aceite e destinado às carpintarias. Pela sua inteligência e vontade de ferro, destacou-se como aluno carpinteiro e estudante.
Fez do lema de Domingos Sávio – “A morte, mas não pecados” -, o seu lema, tendo mesmo sido cognominado “pecadito”, por estar sempre a alertar, a todos, sobre tudo o que pudesse ser pecado.
Fez os votos perpétuos, a 24 de maio de 1902, e foi ordenado sacerdote, em 1907. Tornou-se assim o primeiro salesiano sacerdote peruano.
Em 1922, foi nomeado bispo da Diocese de Chachapoyas – antiga diocese de “Quijos y Maynas” – que contava com mais de 95 quilómetros. Passou a sua vida num vai e vem: longos dias a cavalo, a pé, na cordilheira, na floresta, pelos rios, isto porque não queria deixar de visitar todos os seus filhos.
Ao chegar a qualquer sítio, reunia as pessoas na igreja, e dava início à catequese. Depois ficava a confessar, muitas vezes durante toda a noite.
Sempre fiel ao estilo salesiano, era amável, acolhedor, alegre e próximo das pessoas.
Conseguiu celebrar três Sínodos diocesanos, e com êxito, conseguiu organizar um Congresso Eucarístico; publicou ainda um jornal.
Com uma vida interior muito rica, manteve-se sempre unido a Deus, presença que encontrava a cada acontecimento. O seu amor a Cristo era visível em cada pregação. Sereno, tinha a arte de esconder as próprias penas com um sorriso.
Generoso, até com os seus inimigos, morreu com 80 anos, a 1 de março de 1958, em Chachapoyas.