Em 1932 foi eleito Reitor-Mor pelo 14.º Capítulo Geral. Com grande fidelidade a Dom Bosco, os 15 anos em que ocupou o cargo de Superior foram anos de grande dinamismo para a Congregação.
Pedro Ricaldone nasceu a 27 de julho de 1870, em Mirabello, pequena cidade do Monferrato. Educado nos caminhos da religião e da virtude, frequentou os colégios salesianos de Alassio e de Borgo San Martino, onde conheceu Dom Bosco. Começou a desenvolver a vocação sacerdotal no seminário de Casale e depois no noviciado salesiano de Valsalice, onde teve como companheiros o Pe. Andrea Beltrami e o Beato Pe. Augusto Czartoryski.
Em 1889 é já salesiano e no ano seguinte é enviado para Espanha, onde é ordenado em 1893, em Sevilha. Apesar da sua jovem idade de 23 anos, foi nomeado diretor da casa salesiana. Em 1901, com a divisão da Espanha em três províncias salesianas, foi nomeado superior da Província da Andaluzia e desenvolveu extraordinariamente a obra salesiana.
Em 1911 as suas qualidades levam os Superiores a escolhê-lo para participar no Capítulo Geral da Congregação, como Diretor Geral do Ensino Profissional e Agrícola. Quando em 1922 o Beato Pe. Filipe Rinaldi foi eleito Superior Geral da Congregação Salesiana, escolheu para seu Vigário o Pe. Pedro Ricaldone, que foi por dez anos o autêntico braço direito do Superior, desenvolvendo muita atividade especialmente na organização das grandes casas para formação de missionários. Datam desses anos os grandes envios missionários – 100, 200, 250 missionários. Como Vigário Geral visitou todo o Oriente, em 1926, fazendo discursos até em japonês e em dialetos da Índia.
Em 1932 foi eleito pelo Capítulo Geral para suceder ao Beato Pe. Filipe Rinaldi. Nos anos seguintes, a Congregação celebra as canonizações de S. João Bosco (1934), de S. Maria Domingas Mazzarello (1938) e a beatificação de Domingos Sávio (1950), mas sofre também a destruição da Segunda Guerra Mundial.
Todo o seu governo feliz e fecundo pode caraterizar-se com o sóbrio elogio do “Osservatore Romano” na página do necrológio após a sua morte: “Dinamismo genial”. De facto, o Padre Ricaldone foi dinâmico, cheio de atividade, de produtividade, de construtividade. Não é fácil elencar tudo o que fez, o que construiu, o que realizou. As obras mais visíveis foram as grandes Escolas Profissionais; o Instituto Rebaudengo para a arte da Madeira, do Ferro e do Vestuário; o Instituto Bernardo Semeria para as artes gráficas; a Escola Agrícola de Cumiana para Agrários; a grande editora de material didático para o catecismo a Livraria da Doutrina Cristã; o Pontifício Ateneu Salesiano, com as faculdades de Teologia, Filosofia e Direito e os Institutos de Pedagogia e de Psicologia Experimental — para a completa formação intelectual, pedagógica e eclesiástica dos sacerdotes salesianos destinados a lecionar nos vários seminários da Congregação; e a obra de reforma e ampliação da Basílica de Nossa Senhora Auxiliadora.
Faleceu a 25 de novembro de 1951 em Turim.
O Papa Pio XII escreve sobre ele: “servo bom e fiel da Igreja à qual prestou imensos serviços”; “o digno sucessor de Dom Bosco, de cujo espírito recebia o impulso e orientação”; e que tinha percorrido “um longo e frutuoso caminho”.