Luís Guanella nasceu em Francisco, Itália, a 19 de dezembro de 1842. Os seus pais foram cristãos exemplares, dedicados à família e ao trabalho nos campos. Tal como aconteceu com D. Bosco também a vida de Luís Guanella ficou marcada por um sonho que teve, aos nove anos, no dia da sua Primeira Comunhão.
Com um pai severo e autoritário e uma mãe meiga e paciente, Luís Guanella cresceu numa família com 12 irmãos. Aos 12 anos obteve um lugar, gratuito, no colégio Gálio de Como tendo continuado os seus estudos nos seminários diocesanos da região.
O sonho que teve aos nove anos – à semelhança do que se passou com D. Bosco – e que lhe mostrou uma senhora (assim definiu Maria) que lhe fez ver tudo o que deveria fazer em favor dos pobres, conduziu toda a sua vida. Quando regressava a casa para as férias de verão, Luís interessava-se pelas crianças, idosos e doentes da localidade auxiliando todos os que passavam necessidades. Por outro lado, recolhia e estudava ervas medicinais e estudava a história da Igreja.
Luís Guanella foi ordenado sacerdote a 26 de maio de 1866. O jovem sacerdote entrou animado na vida pastoral e, desde cedo, que deu a conhecer os seus interesses: a instrução dos jovens e dos adultos, a elevação religiosa, moral e social dos paroquianos, a defesa do povo perante os assaltos do liberalismo e a atenção aos mais pobres. São de referir as suas intervenções mais efusivas quando era injustamente travado ou contrariado, no seu ministério, pelas autoridades civis.
De forma a ter uma experiência religiosa mais radical, o padre Luís Guanella deslocou-se para Turim, para perto de D. Bosco, e fez votos religiosos temporários na Congregação Salesiana. Foi diretor do oratório de S. Luís, abriu um novo oratório em Trinitá de Mondoví, e foi ainda responsável pelas vocações adultas que D. Bosco tinha designado como “Obra dos filhos de Maria”. A espiritualidade e a pedagogia salesianas foram fundamentais na formação e na missão do padre Luís Guanella: aprendeu o trato amável e firme com os jovens; a vontade educativa de prevenir mais do que, depois de as ações feitas, remediar; bem como uma grande caridade apostólica.
Depois de ter sido chamado pelo bispo de Como, o padre Luís regressou com o desejo de fundar uma instituição para acolher os rapazes mais necessitados. Contudo, a escola que, entretanto, abriu teve de ser fechada devido à hostilidade das autoridades civis.
Em 1904, o padre Luís Guanella chegou a Roma, para se encontrar com o Santo Padre, algo que ansiava há muito tempo. Surgia, assim, a Pia União do Trânsito de S. José, uma associação de oração pelos moribundos.
A última intervenção do Padre Guanella teve lugar, em janeiro de 1915, quando quis ficar em Roma para ajudar as vítimas de um terramoto que teve lugar em Abruzzo. Morreu no dia 24 de outubro de 1915.
À semelhança de D. Bosco, Luís Guanella passou também a sua vida a agir como apóstolo da caridade, empenhando-se na salvação de cada homem e de todos os homens, e na construção de uma sociedade melhor.