Vicente Cimatti

Vicente Cimatti

Venerável

Oriundo de uma família de Santos, Vicente Cimatti nasceu em Faenza, em Itália, no dia 15 de julho de 1879. Perdeu o pai aos três anos de idade, no mesmo ano em que a mãe lhe apresentou Dom Bosco, que estava de visita a Faenza. Aos nove anos entrou num colégio salesiano.

 

Biografia

Irmão da Beata Maria Rafaell­a, da Congregação das Irmãs Hospitaleiras; e de Luís, salesiano coadjutor e missionário na América Latina, que morreu com fama de Santo; Vicente Cimatti sempre se revelou um rapaz excecional.

Com três anos, a mãe levou-o a uma igreja, onde Dom Bosco se encontrava a pregar, e aquele encontro marcou-o para toda a vida.

Depois de entrar para o colégio salesiano, no qual permaneceu durante sete anos, Vicente decidiu tornar-se salesiano e foi enviado para Turim-Valsalice, onde lecionou e acumulou títulos de estudos: diploma de composição no Conservatório de Parma; bem como licenciatura em Ciências Naturais; em Filosofia; e Pedagogia, em Turim.

Ordenado sacerdote, aos 24 anos, foi, durante 20 anos, um professor e compositor de excelência no colégio de Valsalice. Gerações inteiras de clérigos chamam-lhe “Mestre”. Contudo, o seu grande sonho sempre foi partir para as missões e, por isso, pede com insistência ao Reitor-Mor: “Dê-me um lugar na missão mais pobre, mais cansativa, mais abandonada. No meio das comodidades não me sinto bem”.

Aos 46 anos o seu pedido foi atendido. D. Rinaldi enviou-o, como chefe do grupo, para fundar a obra salesiana no Japão com cinco sacerdotes e três leigos. Aí trabalhou 40 anos. Com a sua delicadeza, bondade e com o seu talento artístico (concertos musicais com grande sucesso) conquistou o coração dos japoneses. Preocupado com os mais pobres, com as crianças e com os idosos, abriu orfanatos, oratórios e escolas profissionais.

Versátil, traduziu para japonês a vida de Domingos Sávio, deixou escritos de pedagogia, de agricultura, de hagiografia e colocou ainda em funcionamento, em Tóquio, uma editora.

Com ele surgiu a a primeira casa salesiana em Miyazaki, da qual foi diretor. Tornar-se-á, três anos mais tarde, o Superior da Visitadoria nascente, com o título de Monsenhor.

Passou os difíceis anos da guerra, em que se sujeitou a inúmeros sacrifícios, tendo fundado, depois, em Tóquio a “Cidade dos Rapazes” que, com escolas elementares, médias e profissionais, depressa acolheu 260 órfãos.

Aos 70 anos continuou o seu trabalho como diretor do estudantado filosófico e teológico de Chofu por mais nove anos.

Morreu a 6 de outubro de 1965, tendo recebido diversas homenagens de reconhecimento das autoridades italianas e japonesas. Os seus restos mortais – exumados em 1977 e encontrados perfeitamente intactos – repousam, agora, na cripta de Chofu.

 

Datas

  • Nasceu a 15 de julho de 1879
  • Faleceu a 6 de outubro de 1965
  • Venerável a 21 de dezembro de 1991