Neste tempo de Advento, somos inundados por ruas cheias de luzes, anúncios constantes sobre prendas que podemos adquirir e peditórios para ajudarmos instituições das quais nos esquecemos o resto do ano.
É um apelo feito com pompa e circunstância para que vivamos o Natal com alegria, com festa e até para os outros, mas de uma forma efémera. Passa este período e é tudo imediatamente esquecido…
De facto, Jesus não nasceu num palácio com fogo-de-artifício, muitas prendas e milhentos convidados! Se assim o fizesse, todo o mundo iria recordar a bela festa que houve naquele dia, mas a Boa Nova que ele trazia para o mundo ficaria esquecida e perdida no meio do alarido.
Desta forma, o Advento deve ser uma preparação mais “silenciosa” e mais introspetiva para que se festeje o Natal com o coração pronto a receber o Menino Jesus de forma duradoura. Com o exemplo do nascimento do Menino Jesus, aprendemos que o nosso coração deverá estar vazio de futilidades para que o possamos encher de Amor. Ou como nos diz a Palavra que “todos e cada um de vós não se sinta acima do que deve sentir-se; mas que se sinta preocupado em ser sensato, de acordo com a medida de fé que Deus distribuiu a cada um” (Rm 12, 3).