Muitos de nós não queremos ter uma conversa com a pessoa que mais evitamos: nós mesmos. No entanto, há algo de muito importante e profundo em forçarmo-nos a colocar questões a nós próprios.
É bem mais fácil pensar que já temos as coisas bem definidas na nossa vida, que sabemos quem somos e como somos chamados a viver a nossa fé… Mas não estarás simplesmente a distrair-te?
Desafio-te, por isso, a arranjar tempo e espaço para falhar. Para falhar, pois claro! Percebeste bem! Não sei bem quem é que nos meteu na cabeça que falhar é proibido, que é sinónimo de fracasso. Falhar é indispensável na nossa vida e é um motivo para crescer. Repara que se ninguém falhasse num jogo de futebol, era impossível haver golos… e sem golos não havia futebol!
Nós cristãos temos um bónus acrescido que D. Bosco sempre quis transmitir aos seus rapazes: Deus está sempre à nossa espera e dá-nos sempre a Sua Graça! Mesmo quando falhamos (e falhamos a sério!). Este perdão, este abraço de graça, de “borla”, é o melhor gesto a imitar neste ano em que vamos ouvir falar tanto de Misericórdia. Desafio-te a levares este gesto a todo o lado. Sem medo de falhar.