Chegamos a este tempo do Advento sempre com pressa. Já sabemos: o Natal está à porta, é preciso finalizar as listas de compras, programar a ceia de dia 24, enviar mensagens, fazer telefonemas… enfim! Um rol interminável de tarefas que nos conduz na direção contrária ao que a Liturgia nos propõe.
Se estivéssemos a falar de Fórmula 1, eu diria que o Advento é o caminho que existe entre a “box” e a linha de partida. Ali, naqueles momentos de espera, os pilotos colocam todas as suas energias no momento em que o sinal luminoso troca a sua cor, de vermelho para verde e que arrancam. Nós não temos um semáforo… Mas temos uma estrela!
Sei bem que não é nada fácil esperar. Ainda para mais por um Deus que se faz tão pobre e tão frágil… Tão humano! Esperar por um grande espectáculo ou por um jogo da Liga dos Campeões é bem mais fácil. Mas tudo muda se esta espera for encarada como uma procura. Parece um paradoxo, mas este é também o desafio do Advento: procurar a nossa salvação. Esta salvação chega por meio da encarnação, um acto de amor sem igual… Repara! Deus entra na tua história, faz-se semelhante a ti, porque te quer salvar! A novidade do Natal é isto. Ainda por cima esta novidade não chega primeiro aos que têm ligação 4G, sempre conectados ao mundo. Chega aos “pastores”, aos que habitualmente estão desligados da corrente, os marginalizados e os pobres. Não deixes de marcar ainda mais a diferença entre estes teus irmãos.
Maria é uma figura omnipresente em toda a cenografia do Natal. Com ela podemos aprender muita coisa, mas eu queria destacar uma: a confiança total em Deus. Só assim, sabendo esperar com os olhos postos no alto, os nossos sonhos podem ganhar vida!
Um Santo Natal e os votos de um ano fantástico que será, para nós, muito, muito especial! Está aí à porta o bicentenário de D. Bosco! Este ano, mais que nunca… ‘bora continuar a sonhar juntos!