Estamos a pouco mais de 3 meses do Sínodo dos Bispos sobre “Os Jovens, a Fé e o Discernimento Vocacional”.
No tempo que estamos a viver, já são conhecidas algumas luzes sobre o que, vocês jovens, sentem e sugerem para que a Igreja procure focar-se mais na proximidade e no acompanhamento da juventude. E estas interpelações têm vindo a mexer connosco. Não podemos não escutar e questionar-nos.
Neste número do Em Linha, gostava de apresentar algumas luzes sobre a forma como a Pastoral Juvenil, nomeadamente a Salesiana, encara estes momentos, este Sínodo e estes desafios.
Em primeiro lugar, sentimos que os jovens precisam de ser protagonistas enquanto testemunhas da Fé e também na vida da Igreja. Significa que, desde a Pastoral Juvenil Salesiana, necessitamos encontrar caminhos novos de espaços para os jovens, onde se sintam bem, corresponsáveis e líderes nos mais variados contextos eclesiais.
A segunda perspetiva é uma espécie de complemento da anterior, mas com um destaque. Ou seja, para que os jovens sejam efetivamente protagonistas, todos os que estamos envolvidos e comprometidos na animação pastoral, precisamos de tomar consciência que todos os que formamos a Igreja de Jesus, deveremos estar em sintonia quanto a esta urgência de protagonismo dos jovens. E “todos” somos mesmo “todos”, para que comunguemos da mesma visão e das mesmas estratégias no espaço que damos ao protagonismo juvenil.
Como terceira “luz”, olhando para os tempos atuais que vivemos, não podemos deixar de valorizar a riqueza da juventude. Precisamos fazer caminho nesta aceitação: os jovens são mesmo bons e são uma riqueza inquestionável para a vida da Igreja e do mundo. Contamos com os seus dons, as suas vidas generosas e com a sua força no serviço a Jesus e à humanidade.
Apesar de correr o risco de me alongar, não posso deixar de acrescentar, uma quarta “luz”. E, desde a Pastoral Juvenil Salesiana, temos claro que queremos cuidar mais as propostas pastorais, quer na organização da animação pastoral, onde os jovens sejam promotores, quer nos recursos humanos, materiais e espirituais para promover e dar mais oportunidades de realização dentro da Igreja.
Finalmente, aos jovens e aos que vivemos a Pastoral Juvenil, gostava de partilhar duas últimas intuições que temos. Nesta experiência de caminho conjunto na Pastoral Juvenil, sabemos que temos dois grandes objetivos-desafios. O primeiro é promover, provocar e ajudar para que aconteça o encontro pessoal com Jesus Cristo, levando a um crescimento na Fé, através da inserção ativa numa comunidade. O segundo objetivo é que tudo o que chamamos de Pastoral Juvenil sirva para contribuir para o discernimento, acompanhando-vos até ao questionamento sobre o que Deus vos pede e, assim, venham a descobrir o vosso lugar no mundo e dentro da Igreja.
Deixo um convite. Arriscas integrar mais a vida da tua comunidade cristã? Como jovem tens um valor insubstituível. E o que generosamente podes oferecer, nesse compromisso, é um excelente meio para cresceres como “bom cristão e honesto cidadão”, como te convida D. Bosco.