Quando se fala de Divina Providência é preciso distinguir duas posturas diferentes: aqueles que lhe confiam tudo e aqueles que trabalham e se esforçam por cooperar com ela segundo o princípio “ajuda-te, que Deus te ajudará”. São João Bosco encarna, sem sombra de dúvida, a segunda postura: trabalhava de manhã à noite procurando recursos para fazer face às múltiplas necessidades dos seus rapazes (e tantas que eram!).
Ao longo da sua vida, a fé sólida e inquebrantável na Divina Providência foi um verdadeiro marco. Um fio condutor desde a infância à morte, passando pelo serviço aos jovens nos oratórios, pelas muitas circunstâncias difíceis que decidiu enfrentar e muito especialmente pela fundação da Congregação Salesiana. Não deixava passar uma ocasião de pedir a este e àquele, por isto e por aquilo, e incutia o mesmo nos que com ele trabalhavam: “Não podemos esperar a ajuda da Divina Providência se estivermos sem fazer nada. Ela aparecerá quando vir os nossos generosos esforços”. E por muitas vezes os esforços deram fruto.
Por fim, não podemos deixar passar a marca mariana que tinha a divina providência para Dom Bosco: “pedi a Maria Auxiliadora e vereis o que são milagres” e na verdade, no final da sua obra, o devido reconhecimento, “Foi Ela quem tudo fez”.