Filipa Sousa: “A Jornada marca para sempre a vida de quem participa”

Aos 25 anos, Filipa Sousa é licenciada em Gestão Turística e está a frequentar a segunda licenciatura em Enfermagem. Na paróquia, entre outras funções, é coordenadora do grupo de acólitos, animadora, ministra extraordinária da comunhão e foi catequista. Atualmente é a responsável pelo Comité Organizativo da JMJ Lisboa 2023 da Paróquia de Santo Condestável.

Publicamos esta entrevista no mês de maio, mês dedicado a Nossa Senhora. Permita-me que lhe pergunte: é devota de Nossa Senhora?

Começamos com uma pergunta difícil. Acho que a minha maior devoção é para com São Nuno de Santa Maria. Cresci com o seu exemplo de vida e de fé, e acho que foi aí que desenvolvi uma grande admiração e devoção por este Santo. Contudo, São Nuno mostra-me, através da sua própria devoção, o caminho do amor de Maria.

O Papa Francisco apresentou o lema da Jornada Mundial da Juventude: “Maria levantou-se e partiu apressadamente”. Os jovens da sua paróquia têm demonstrado urgência no anúncio do Evangelho?

Os jovens da paróquia andavam meio adormecidos. A jornada tem sido uma oportunidade de os chamar de volta a despertar a fé. Acho que ainda estamos muito no início do caminho, mas diria que o nosso maior objetivo é que até à Jornada Mundial da Juventude, mais do que anunciar o Evangelho, estes jovens queiram vivê-lo.

Por falar em paróquia: exerce alguma atividade especial? É presença regular nas ações de culto?

Assim, resumidamente, sou uma das coordenadoras do grupo de acólitos, sou animadora do grupo de jovens que se está a preparar para a JMJ, sou a coordenadora do Comité Organizativo Paroquial para a Jornada Mundial da Juventude de Lisboa, faço parte do conselho pastoral, até ao ano passado era catequista, e, mais recentemente, sou ministra extraordinária da comunhão.

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Falou em grupo de acólitos. São apenas crianças ou também jovens? A Igreja deposita muita esperança nesses grupos como lugares de vocações consagradas. É o caso do vosso?

Ambos. No nosso caso acho que não será tão direcionado para as vocações consagradas, mas sim para a participação ativa na vida paroquial. Acho que existe um processo natural de integração nos vários grupos da paróquia com o objetivo de cativar para que estes sejam membros ativos da comunidade.

É estudante de enfermagem lugar auspicioso para cativar colegas para a JMJ. É evento conhecido?

No meu meio académico não é conhecido. Acho que até agora sou a única católica. Infelizmente não é muito fácil falar de fé e religião com os meus colegas, e até alguns professores. Acho que em geral hoje em dia as pessoas têm muito pouca abertura para este tema. Mesmo assim deixo sempre o testemunho de fé transparecer através da minha vida.

É responsável pelo Comité Organizativo Paroquial da JMJ na sua Paróquia de Santo Condestável. Como vai a dinâmica e o entusiasmo?

A dinâmica tem sido muito positiva. Apesar de estarmos a ir ainda devagar, queremos muito que toda a paróquia esteja envolvida. A vontade de fazer mais vai crescendo e com ela também o entusiasmo e o nervosismo. É algo novo para todos e confesso que começo a sentir a responsabilidade.

Se tivesse que dirigir uma mensagem sobre a JMJ aos seus coetâneos que lhes diria?

Diria que é uma ótima oportunidade de partilha e de crescimento na fé. Acho que é um evento que nos faz perceber que temos irmãos por todo o mundo e quão importante é estarmos unidos. Acima de tudo acho que marca para sempre a vida de quem participa.

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Rise Up

Catequeses de preparação da JMJ elaboradas pela Direção de Pastoral e Eventos Centrais, propõe um caminho de aprofundamento da fé com base no verbo levantar-se. Para download em www.lisboa2023.org

Fotografias: João Ramalho

Publicado no Boletim Salesiano n.º 592 de maio/junho de 2022

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