Nesta Semana Missionária Salesiana recordamos a entrevista de Sansão Manuel Sebastião Gonçalo, (à ANS), o missionário natural de Angola, que, em 2022 foi destinado, pelo Reitor-Mor, Pe. Ángel Fernández Artime, à missão em Cabo Verde. Foi um dos participantes da 153ª Expedição Missionária Salesiana.
O que o levou a escrever a carta de disponibilidade para as Missões?
No meu caminho vocacional encontrei vários salesianos que despertaram, em mim, este desejo de vida missionária ad gentes. De todos eles, quero destacar, o Pe. Marcello Civati, o primeiro salesiano que conheci. O seu zelo apostólico pelos mais pobres foi uma inspiração. Depois, o Pe. Roberto Mussante, que não foi apenas o padre que me batizou, mas também quem me acompanhou no meu grupo vocacional e me convidou para ser salesiano.
Por fim, quero lembrar o salesiano coadjutor Gaston Fontaine, que foi o meu diretor espiritual e me ajudou a discernir minha vocação missionária.
Como é que as pessoas que lhe são mais próximas reagiram a esta sua escolha de querer ser missionário?
No início pensaram que se tratasse de uma brincadeira ou que, eu pudesse a qualquer momento, mudar de ideias. Contudo, rapidamente perceberam que era realmente algo sério e, a partir desse momento. Foram um grande apoio para mim.
A família do meu lado materno, em particular, tem estado muito próxima. Eles pertencem à Igreja Metodista Unida de São Paulo-Cuca e juntos criámos um ambiente ecuménico muito bonito.
Está feliz com a sua ida para Cabo Verde?
Estou muito feliz por ser enviado para Cabo Verde. Parece-me que o povo cabo-verdiano é muito rico em valores humanos e cristãos e, poder juntar esses valores com os da minha cultura, enriquecendo tudo com uma missão partilhada de “vida e trabalho” com a comunidade salesiana, será muito bom. Tenho a certeza que crescerei na “Sequela Christi” e na fidelidade à herança carismática do nosso Pai, São João Bosco.
Existe algum modelo missionário que pretenda seguir?
Tenho em mente os salesianos que deram a vida por Angola, como os padres Domingo Nokonoko, Agostinho Nazareno Pascoalini, Dionísio Pacheco Aldea e Filiberto Rodrigues, além do Núncio Randisi. Estes filhos de Dom Bosco doaram-se, inteiramente, pela juventude pobre do meu amado país.
Que mensagem sobre a vocação missionária quer enviar aos jovens?
Queridos jovens, se ouvirem o chamamento de Jesus à vida missionária, sigam o conselho de sua mãe, Maria, porque Jesus transforma a nossa água de medo, insegurança e incerteza em vinho de alegria e de paz, para muitos.
São João Bosco diz-nos: “Confiem em Maria e verão o que são milagres”.
Entrevista e fotos: ANS
