Pe. Américo Chaquisse: «Congregação Salesiana tem intervenção muito significativa em África»

O Boletim Salesiano entrevistou o Pe. Américo Chaquisse, Conselheiro do Reitor-Mor para a Região de África e Madagáscar, de passagem por Lisboa.

Está a concluir o seu mandato de seis anos no cargo de Conselheiro Regional, África-Madagáscar. Se me permite, que balanço faz?

Auto avaliar-se não é fácil, contudo vendo o que se pôde fazer juntos, devo dizer que faço um balanço positivo. Houve novas realizações e um crescimento significativo em várias áreas: estabeleceu-se um centro de coordenação regional para o ensino técnico profissional (DBTA), iniciou-se um centro regional de formação permanente para a família salesiana (SAFCAM), abriu-se a primeira presença salesiana na Gâmbia, criou-se uma nova visitadoria e atualmente está-se no processo de formação de mais uma nova visitadoria. Em Palabek, Uganda, criou-se uma comunidade salesiana internacional para o atendimento dos refugiados… Isto tudo aconteceu nestes últimos seis anos.

Que ação o Conselheiro Regional tem junto das províncias que constituem a região?

O conselheiro tem como prioridade animar e acompanhar as inspetorias da sua região e criar uma ligação entre o Reitor-Mor e o seu conselho com as províncias. Ao longo do sexénio acompanha os inspetores e seus conselhos, faz a curadoria dessas presenças e normalmente faz as visitas extraordinárias às inspetorias em nome do Reitor-Mor.

Salesianos no campo de refugiados de Palabek

Quantos salesianos pertencem a esta região? E quantas são as presenças? E já agora: em quantos países africanos se encontram os salesianos?

Quando se concluiu o ano 2018 tínhamos 1740 salesianos dos quais 147 noviços. As comunidades totalizavam 204. Atualmente, estamos em 43 países africanos, contudo cinco países do norte de Africa pertencem a outras Regiões: quatro à Região Mediterrânica e um à Região da Europa Norte.

Teve oportunidade de visitar tudo e todos?

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Sim, visitei todos os 39 países que pertencem à Região, com a exceção destes cinco: Eritreia, Marrocos, Tunísia, Cabo Verde e Egito.

Visita de animação à nova presença Salesiana de Kunkujang, Gâmbia

Diz-se que o continente africano tem um índice elevado de população juvenil. O futuro é, pois, promissor para os salesianos?

Não falaria somente do futuro. Atualmente a Africa salesiana tem intervenções positivas na congregação e no futuro será cada vez mais significativa.

Que salesianos para os jovens africanos de hoje?

Salesianos fiéis ao projeto de Dom Bosco, quer dizer com uma identidade carismática. Paixão por Cristo, pelos jovens em comunhão e missão com os leigos. Abertos aos desafios e empenhados no mundo de hoje. 

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