A “Fundação BNP Paribas” doou cerca de 30 mil euros para apoiar os projetos salesianos com menores refugiados.
“Só o acolhimento não basta, não basta dar um pãozinho, se o não acompanha a possibilidade de aprender a caminhar com as próprias pernas. A caridade que deixa o pobre como está não é suficiente”. As palavras do Papa Francisco pareceram tiradas dos Padres da Igreja, mas com uma linguagem muito atual diante de uma realidade tão premente em que vivem os refugiados, sobretudo os refugiados jovens.
Os Salesianos estão conscientes desta crua e desesperada realidade, e com a “Fundação BNP Paribas”, da Alemanha, unem forças a favor do trabalho com os menores refugiados nas obras de Munique e no Centro Juvenil Dom Bosco de Nuremberga.
A “Fundação BNP Paribas” doou cerca de 30 mil euros para apoiar os projetos salesianos com menores refugiados. Parte do dinheiro vai ser usado na conclusão de um centro de coordenação para os voluntários de tempo parcial, e o apoio aos refugiados durante o período de transição entre a conclusão escolar e o início da formação profissional. O donativo tem como objetivo facilitar a integração dos jovens refugiados na Alemanha e construir perspetivas de futuro.
“É muito importante, para nós, promover o encontro e o intercâmbio dos jovens refugiados com os jovens alemães. A primeira coisa que se requer é que os jovens tenham um meio de transporte e, por isso, optou-se por proporcionar-lhes bicicletas e ajuda económica para os transportes públicos”, explica o Pe. Stefan Bauer, diretor da obra salesiana de Munique.
Há uma variedade de projetos e estruturas em toda a Alemanha oferecidos pelos Salesianos aos jovens migrantes que solicitaram asilo ao Estado e chegam desacompanhados. Na Alemanha, os Salesianos apoiam cerca de 500 jovens refugiados, na sua maioria com idades entre os 16 e os 18 anos, provenientes de países africanos, do Afeganistão, da Síria e do Iraque. Só em Munique e em Nuremberga, os Salesianos estão a apoiar cerca de 100 jovens.
Publicado no Boletim Salesiano n.º 560 de Janeiro/Fevereiro de 2017