Uma turma do 7.º ano dos Salesianos do Funchal escolheu o projeto “Make-A-Wish Portugal” para colaborar no âmbito da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento. Alunos deram um exemplo de cidadania ativa, contribuindo com a recolha de ajudas para a realização de desejos de crianças e jovens gravemente doentes.
No início do ano letivo, no âmbito da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, a turma C do 7.º ano dos Salesianos do Funchal lançou um projeto que reflete a amabilidade, a solidariedade e os valores cristãos. Após discutirem diversas hipóteses, decidiram optar pelo projeto “Make-A-Wish”, especialmente sensibilizados pela causa e pelo caso de um familiar de um dos alunos a enfrentar uma doença oncológica.
Assim, com apenas 12 anos, os alunos do 7.º C tornaram-se voluntários da “Make-A-Wish”, uma organização presente em 50 países e que realiza desejos de crianças e jovens doentes. traz sorrisos a centenas de crianças, e colaboraram na campanha “Make-A-Wish vai à Escola”. Com as inscrições formalizadas, os alunos dedicaram-se a delinear estratégias para angariar materiais a serem vendidos numa barraquinha. À medida que o Natal se aproximava, decidiram vender estrelas, uma das ações propostas pela campanha.
“Foram distribuídas 700 estrelas entre 23 alunos, que iniciaram a venda a meio de novembro, solicitando novas estrelas conforme as vendas avançavam”, conta Andreia Silvério, professora responsável pelo projeto da Disciplina de Cidadania e Desenvolvimento.
“A dois dias do término da venda, ainda restavam 70 estrelas. Com a ajuda dos pais, conseguiram vendê-las todas, completando a tarefa com entusiasmo e gratidão”, acrescenta a docente, para quem o apoio dos pais e das famílias dos alunos foi fundamental.
No final, entre as 245 escolas que a nível nacional participaram na campanha de Natal, a turma dos Salesianos do Funchal conseguiu angariar bastantes ajudas, o que os colocou em quarto lugar.
A campanha de Natal do Programa “Make-A-Wish Vai À Escola” contou com a participação de 245 escolas, públicas e privadas, envolvendo mais de 75.000 alunos de todo o país, e vai ajudar a concretizar 20 ações.
Um exemplo de cidadania ativa
Para a docente responsável pelo projeto e diretora de turma, Andreia Silvério, a experiência humaniza e sensibiliza. “Os alunos tornaram-se mais humanos e sensíveis, enriquecendo as suas almas ao se solidarizarem com crianças que nunca conhecerão pessoalmente. Estão, assim, a trilhar o caminho para se tornarem cidadãos cristãos melhores. Como diretora de turma, sinto um imenso orgulho pelas suas conquistas”, explica a professora.
“Esta experiência permitiu que as crianças compreendessem realidades diferentes da sua, valorizando pequenas coisas que são garantidas nas suas vidas, mas que significam muito para crianças gravemente doentes. Histórias como a de Rita, que aos 12 anos sonhava em andar de Tuk Tuk e conseguiu um dia especial longe das consultas e tratamentos, exemplificam o impacto do projeto”.
A colaboração da turma com a “Make-a-Wish” vai continuar. Em breve, também celebrarão o “World Wish Day”, vendendo pulseiras alusivas a essa data, com vendas programadas até ao dia 29 de abril.
A “Make-A-Wish” surgiu nos Estados Unidos da América em 1980, com a missão de realizar desejos de crianças e jovens gravemente doentes. Hoje estão presentes em mais de 50 países, com milhares de voluntários. Em Portugal, o projeto surgiu em 2007 e já concretizou mais de 2.000 desejos.
