Apresentação do livro “Eu cristianizei o Papa”

Publicada biografia sobre o Pe. Enrico Pozzoli. “Eu cristianizei o Papa” é o livro que conta a história do sacerdote salesiano que batizou o Papa Francisco.

“Ele costumava passar horas e horas no confessionário e, ao longo dos anos, tornou-se uma referência para todos os salesianos de Buenos Aires e das comunidades vizinhas… Foi realmente um grande confessor”. O personagem assim descrito, por aquele que hoje é o Sumo Pontífice, é o Pe. Enrico Pozzoli, o salesiano missionário que batizou o pequeno Jorge Mario Bergoglio, em Buenos Aires, no dia de Natal de 1936.

Este facto, e muitos outros, constam no livro publicado pela Editora Vaticana (LEV) “Ho fatto cristiano il Papa” (Batizei o Papa), do jornalista Ferruccio Pallavera.

Quando soube do projeto de um livro sobre o Pe. Pozzoli, o Papa Francisco convocou o autor, e deu-lhe o seu próprio e inédito testemunho, relatado no livro, sobre a figura humana e espiritual do salesiano de Lódi, na Lombardia, norte de Itália. O Pe. Enrico Pozzoli trabalhou na Argentina durante 58 anos e foi uma referência para os milhares de imigrantes italianos que para ali confluíram em busca de um futuro melhor, estando entre eles também o casal Bergoglio.

No dia 12 de novembro, em Roma, a biografia foi apresentada na Pontifícia Universidade Urbaniana, num evento que teve a presença do Reitor-Mor dos Salesianos, Pe. Ángel Fernández Artime.

O Reitor-Mor foi um dos oradores na apresentação do livro prestando uma contribuição assaz significativa, já que a história o liga à Argentina, campo de missão do Pe. Pozzoli e pátria do Papa Francisco, porque foi ali que ele – Fernández Artime – serviu como primeiro Provincial da nascente Província Salesiana Bv. Zeferino Namuncurá, na Argentina Meridional.

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 “Li o livro por inteiro e, no meu caso, com um prazer particular, porque ler acerca de lugares por mim conhecidos foi como retornar a esses anos. A Escola Pio IX, por exemplo, onde o Pe. Enrico foi assistente e educador, é a mesma na qual conviveram (o cantor) Carlos Gardel e o seu colega mais chegado, Beato Zeferino Namuncurá, jovem índio mapuche, cuja voz era mais diáfana do que a do próprio Carlos Gardel, de acordo com os testemunhos daqueles anos”, contou o Pe. Ángel.

Recordando Pozzoli, o Reitor-Mor disse, entre outras coisas, com uma exposição emotiva – porque foi precisamente na Argentina, lugar de missão do Pe. Pozzoli e pátria do Papa Francisco – que ele ocupou um lugar particular entre os jovens, encorajando e acompanhando a Fé, na Basílica de Maria Auxiliadora, de Almagro (Buenos Aires), uma Fé muito próxima do povo.

“Menciona-se no livro essa basílica – uma das mais belas igrejas de toda a Argentina. Foi levantada com a colaboração de muitos fiéis, inclusive da família Bergoglio”. “Deparamo-nos, pois, nessa basílica, com a passagem do Pe. Enrico, o padre salesiano amigo do povo, que visitava as famílias e se tornava, como no caso da Família Bergoglio, o sacerdote da família”.

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